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Um estudo está indicando a possibilidade da existência de 20 bilhões a 30 bilhões de barris de óleo em recursos prospectivos recuperáveis riscados (SPE/WPC) na Bacia Pará-Maranhão.

Indica também que, depois do pré-sal, a região tem a maior probabilidade de descobertas de petróleo de boa qualidade. Recursos prospectivos são volumes de petróleo cuja existência é indicada por dados geológicos e geofísicos extraídos de levantamentos sísmicos, mas sem comprovação por perfurações de poços exploratórios.
O trabalho foi realizado pelo ex-diretor da ANP, Allan Kardec Duailibe, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em conjunto com o geólogo e consultor Pedro Zalán (ZAG, ex-Petrobras) e Ronaldo Gomes Carmona, professor de geopolítica da Escola Superior de Guerra.“Estamos sendo extremamente conservadores com o estudo para não criar falsas expectativas para governos e a sociedade”, comentou Allan Kardec ao político epbr nesta quarta (27).
As conclusões foram apresentadas ao governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), e para as federações das indústrias, tanto do Pará quanto do Maranhão. Será levado ao governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).Interlocutores de Dino e Barbalho confirmaram que o potencial petrolífero da bacia era desconhecido dos governos estaduais.
A ideia é conseguir apoio para destravar a oferta dos oitos blocos exploratórios que seriam licitados na 17ª rodada da ANP. A princípio, o interesse é pela inclusão na 18ª rodada, prevista para 2022. Blocos foram retirados do leilão previsto para outubro por conta de restrições ambientais. O Ibama apontou problemas na região e indicou dificuldade para o licenciamento.

O estudo aponta como falhos os motivos do Ibama para a não concessão de licenciamento ambiental para a perfuração de poços na Foz do Amazonas, no Amapá, e para a retirada não dos blocos do leilão da ANP.

Segundo os estudos, é falsa a existência de recifes de corais que se estenderiam do Amapá até o Maranhão:”Argumento falso, introduzido pelo Greenpeace no Brasil, em especial no Ibama, e que já foi desmascarado por professores da Universidade Federal Fluminense (Figueiredo Jr., 2018). Não há corais nestas águas profundas turvas e escuras, do Amapá ao Maranhão (influência do delta do Rio Amazonas)”.

Diz também que percepção de alto risco de contaminação dos manguezais do Amapá e Pará é equivocada. A corrente marítima na região seria fortes o bastante para carregar “qualquer material flutuante para um vórtice situado no meio do Oceano Atlântico Equatorial”.
Allan Kardec defende um acordo de cooperação entre o Ibama e a UFMA para que a universidade possa subsidiar o órgão ambiental com informações e pesquisas, que destravem o licenciamento.”Os profissionais das universidades estão dispostos a ajudar o Ibama”, comenta. ( Felipe Maciel com Larissa Fafá, Guilherme Serodio e Gustavo Gaudarde – Portal Político EPBR)