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Cristiano Zanin. (Foto: Reprodução)

O Antagonista obteve a íntegra da explosiva colaboração premiada de Orlando Diniz, o ex-presidente da Fecomércio que acusa Roberto Teixeira e Cristiano Zanin de liderarem uma organização criminosa formada por outros escritórios de advocacia que atuaram no STJ e no TCU.

Além dos 50 anexos, há uma centena de vídeos das audiências com a Lava Jato do Rio nas quais Diniz corrobora as informações prestadas. Você assistirá a todos.

No anexo 34, por exemplo, ele fala que a “ganância do grupo não teve limites” e que os advogados apresentavam contratos genéricos descrevendo “ações estratégicas” para justificar os repasses.

O ex-presidente da Fecomércio, que obteve decisões favoráveis em 2015 no STJ, diz aos procuradores que “todos os contratos tiveram majoração de 80% acima dos valores praticados pelo mercado”. Mas que não sabe “o que faziam com esses honorários”.

Ao longo das audiências gravadas pelo MPF, Diniz corrobora as informações prestadas nos termos elaborados com ajuda de sua defesa e tira dúvidas dos procuradores. Ainda sobre o STJ, ele diz que “a estruturação para a vitória no STJ foi feita por Cristiano Zanin, Ana Basílio e Eduardo Martins”, filho do presidente do tribunal.

Segundo o delator, “eles articularam os valores dos honorários e demais escritórios participantes”. O ex-presidente da Fecomércio ressalta que essas bancas nunca prestaram contas dos supostos serviços jurídicos prestados e que jamais discutiram estratégias jurídicas.

Diniz ressalta que Zanin teve “reação gritante”, a partir das primeiras reportagens sobre os contratos suspeitos dos advogados com a Fecomércio. “A preocupação foi aumentando progressivamente com a divulgação de matérias na imprensa.” O colaborador afirma ainda que o grupo é “muito bem estruturado”.

 

(O Antagonista)