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Operação deflagrada pela Polícia Civil do Maranhão, na manhã desta quinta-feira 10, desbaratou a megaoperação de uma quadrilha milionária de pirâmide financeira suspeita de crimes de estelionato, contra a ordem econômica e das relações de consumo e lavagem de dinheiro.

A operação nacional contou com a ação da Superintendência maranhense de Polícia Civil do Interior, apoio da Superintendência de Polícia Civil da Capital, e pelo DGCOR-LD (Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. A Coordenadoria de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal e da Polícia Civil de São Paulo também estão envolvidas no caso.

Foram expedidos seis mandados de prisão temporária e 36 de busca e apreensão, com alvos no Maranhão, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

A operação detectou cerca de R$ 50 milhões movimentados pela quadrilha, entre contas bancárias de físicas e jurídicas, em um período de dois anos, conforme apontou relatórios de Inteligência Financeira do Coaf (Conselho de Controle de Atividade Financeira).

O maranhense Roniel Cardoso dos Santos é acusado de ser o chefe da quadrilha. Ele foi preso em casa, localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde foram encontradas também uma quantia de dinheiro em espécie. A investigação também apura o envolvimento de  Gabriel Almeida Piquet de Oliveira, Luciene Assunção Silva e Luana Cardoso e outros sete acusados de estelionato e lavagem de dinheiro.

O crime consistia em captar servidores públicos e outras vítimas para que estes fizessem empréstimos consignados e aplicassem o valor em investimentos fictícios, com ganhos vultuosos e incompatíveis com a realidade do mercado.

A quadrilha pagava às vítimas pequenos lucros do suposto investimento nos primeiros meses, mas depois os lesava sem devolver todo o montante aplicado. Para atrair clientes, o grupo exibia suas empresas em redes sociais os atraía com ofertas de aplicações sedutoras.

Segundo as investigações, o grupo planejava se fortalecer politicamente no Maranhão, onde tinha ramificações com o lançamento de candidaturas a cargos eletivos, com a finalidade de se beneficiar financeiramente e dar respaldo e imunidade à quadrilha.

Em Zé Doca, houve ainda uma prisão em flagrante. Charleylson Bezerra da Silva estava com uma arma irregular. Ele também é suspeito de participar do esquema milionário.