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O Ministério Público de São Paulo deflagrou uma operação na cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo desmantelando uma quadrilha composta por policiais civis e guardas municipais envolvidos em extorsão de empresários. Um delegado foi preso sob suspeita de corrupção.

A Operação Chicago mobilizou policiais civis e militares para cumprir 13 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão. Medidas como sequestro de bens móveis e imóveis, além do bloqueio de cerca de R$ 10 milhões, foram determinadas durante a ação.

Dentre os investigados, destaca-se o delegado José Clésio Silva de Oliveira Filho, titular do 1º Distrito Policial de Indaiatuba, que foi detido no decorrer da operação. Além dele, estão sob investigação dois investigadores, um escrivão, dois guardas civis e três advogados.

Segundo informações apuradas pelo MPSP, a quadrilha praticava invasões a estabelecimentos comerciais para subtrair bens e valores das vítimas. Além disso, há denúncias de prisões abusivas baseadas em boletins de ocorrência e inquéritos fraudulentos.

Um dos métodos usados pela quadrilha era forçar empresários a pagar um “resgate” para evitar investigações ou prisões injustas por crimes que não haviam cometido. Muitos empresários foram presos e só conseguiram sua liberdade após realizar o pagamento exigido pela quadrilha.

O MPSP revelou que mais de uma dezena de empresários foram vítimas desses crimes, especialmente das extorsões, ao longo de aproximadamente um ano. Os valores exigidos variavam entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões por vítima.

Até o momento, além do delegado José Clésio, foram presos dois investigadores, um escrivão, dois guardas municipais, três advogados e três funcionários comissionados de Indaiatuba.

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