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A insegurança diária que os motoristas de aplicativo vêm enfrentando, seja de carro ou moto, está deixando muitos trabalhadores sem sossego. Porém, as ocorrências de assalto se tornaram mais frequentes a condutores de motocicletas que transportam passageiros ou realizam entrega.

Imagem Ilustrativa

O INFORMANTE conversou com um rapaz que deixou de realizar viagens por APP de carro por ter sido vítima de criminosos e atualmente utiliza uma motocicleta. Mas, a realidade agora o apavora vendo colegas de trabalho serem roubados, ameaçados e agredidos por marginais.

O condutor, que preferiu não se identificar, nos relatou que são muitos assaltos a motociclistas ocorridos em diversos bairros da Grande Ilha, mas principalmente na região da Mata e Tibiri, onde foram registradas várias ocorrências nos últimos meses. Segundo a Associação dos Motoristas por Aplicativo, em média acontecem três registros por dia na Região Metropolitana de São Luís.

Os assaltos ocorrem sempre de um modo bem parecido. Uma pessoa solicita a viagem, geralmente uma mulher e em seguida, ao chegarem ao destino final ou um pouco antes os motoristas são surpreendidos.

Tomamos conhecimento do caso de um motociclista que foi vítima de uma dessas ciladas. Após aceitar a solicitação de uma passageira, ele chegou ao bairro da Mata e foi tomado de assalto por dois homens armados que estavam em uma outra moto. Após ser obrigado a sacar todo o dinheiro de contas bancárias e zerar valores recebidos pelo aplicativo, o trabalhador foi levado pelos criminosos para um local cercado de mato nas proximidades do Viva. A vítima passou a noite inteira em poder dos assaltantes e foi brutalmente espancada. Ao amanhecer, os bandidos fugiram levando a motocicleta roubada. Lesionado mas consciente, o condutor de APP conseguiu andar alguns metros e foi encontrado por populares que o socorreram. A vítima deixou de trabalhar como motorista de aplicativos e sob forte trauma precisou de ajuda psicológica.

Vários outros casos foram relatados a O INFORMANTE, bem semelhantes, mas com personagens diferentes. Muitos deles, sem uma outra fonte de renda e por isso seguem arriscando suas vidas pelos seus sustentos.

A reportagem chama atenção da Secretaria de Segurança Pública do Estado quanto ao policiamento na região da Mata e Tibiri, além de bairros no entorno. Os trabalhadores pedem que as autoridades tomem providências nessas localidades pois a cada dia que passa a situação se agrava e o número de vítimas só aumenta significativamente.

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