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O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, disse nesta quinta-feira (3) que a empresa pode entrar na exploração da Margem Equatorial no segundo semestre. A região se estende do litoral do Rio Grande do Norte ao Oiapoque (AP) e concentra as bacias Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

“A partir do segundo semestre podemos entrar na exploração da Margem Equatorial, fazendo furos para investigação. Há uma extensão de 400 quilômetros. Dependendo do sucesso, podemos ter boas surpresas pela frente”, afirmou Silva e Luna, durante sua participação no Latin America Investment Conference 2022, promovida pelo Credit Suisse.

Segundo o executivo, a Petrobras aprendeu com os problemas do passado a reforçar sua governança e criou um sistema “bastante robusto”. “Procuramos tomar decisões colegiadas técnicas, construindo vontade coletiva em torno das nossas decisões e não deixar pressões externas influenciarem. A companhia tem responsabilidade social, mas não pode fazer pode fazer políticas públicas”, continuou.
Segundo Silva e Luna, a gestão da Petrobras tem confiança nos resultados e está comprometida com os investidores. Nos últimos cinco anos a companhia pagou mais de R$ 1 trilhão em tributos.

De acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores, Rodrigo Araujo, há conforto com a alavancagem da petroleira em termos de estrutura de capital. A meta de cerca de US$ 60 bilhões para a dívida é um patamar considerado ótimo. “Dado a resiliência do nosso portfólio e estrutura de capital, vemos possibilidade e retorno de dividendos muito maior do que no passado, de ter uma distribuição mais consistente e robusta”, disse. (Valor Econômico)