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Senadores da CPI da Covid planejam ouvir ao menos 15 integrantes do governo Jair Bolsonaro, que ocuparam postos de comando na pandemia. A minuta do plano de trabalho, a qual o GLOBO teve acesso, cita o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e seus antecessores; o ex-chanceler Ernesto Araújo; e o ministro da Economia, Paulo Guedes, entre outros. Especialistas em saúde também são mencionados.

A proposta do grupo que elaborou a minuta é dividir as investigações em quatro frentes: vacinas, crise em Manaus, insumos e recursos. Nessa última, serão apurados os contratos do Ministério da Saúde e repasses a estados e municípios, como querem os governistas. O foco inicial, porém, deverá ficar sobre a compra de vacinas e a aposta por medicamentos sem eficácia contra a Covid-19 , como a cloroquina. Parlamentares independentes e da oposição pretendem tentar provar que o governo agiu deliberadamente contra estados, municípios e instituições na contenção da pandemia.

A minuta descreve como pontos de apuração a produção do remédio pelo Exército; a recomendação do tratamento pelo aplicativo TrateCov; a atuação diplomática na busca por vacinas e insumos; a propaganda oficial para orientação da população; e o efeito do auxílio emergencial e outros programas econômicos. A proposta do plano de trabalho precisará ser aprovada pela CPI.

O que foi dito O indicado para comandar a CPI com apoio do Palácio do Planalto, o senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que não está disposto a fazer qualquer tipo de “negociata” com o governo para mudar o escopo da investigação.

Panorama – Com mais 1.553 mortes registradas no domingo, o Brasil superou 373 mil vidas perdidas na pandemia. O número de casos confirmados se aproxima de 14 milhões. Em todo o país, 26 milhões de pessoas receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, e 9,5 milhões completaram a cobertura vacinal, com duas doses. (Essencial – O Globo)