-->

Após liderar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em um período marcado por uma eleição polarizada e intensa batalha contra a disseminação de fake news, o ministro Alexandre de Moraes se despede da presidência da Corte em junho.

Durante sua gestão, Moraes enfrentou desafios intensos, incluindo a eleição mais acirrada desde a redemocratização e uma série de ameaças à estabilidade democrática.

Um dos pontos altos de sua passagem foi a cerimônia de posse, que contou com a presença de figuras proeminentes da política nacional e internacional, refletindo o prestígio do ministro no cargo.

Desde o início, Moraes se deparou com questionamentos sobre a segurança e transparência do processo eleitoral, especialmente em relação ao sistema de votação eletrônico e à atuação das Forças Armadas na fiscalização das eleições.

Após intensas negociações com o Ministério da Defesa, Moraes optou por excluir as Forças Armadas do processo de fiscalização, destacando a incompatibilidade de suas atribuições constitucionais com a transparência eleitoral.

Outro ponto importante de sua gestão foi o combate às fake news, que representavam uma ameaça à integridade do processo democrático. Moraes liderou a aprovação de resoluções que fortaleceram a capacidade do TSE de coibir a disseminação de notícias falsas nas redes sociais.

No entanto, apesar dos esforços, o processo eleitoral de 2022 foi marcado por episódios de violência política, incluindo ataques a eleitores e manifestações em quartéis, que culminaram em uma série de medidas de segurança e intervenções judiciais por parte de Moraes e do STF.

À medida que Moraes se prepara para passar o bastão para a ministra Cármen Lúcia, fica claro que os desafios enfrentados durante sua gestão são consequências das tensões e divisões presentes na sociedade brasileira.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *