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O presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste domingo, 2, ter autorizado o ministro da Economia, Paulo Guedes, discutir a criação de um novo impostos nos moldes da antiga CPMF. Bolsonaro, porém, disse que cobrou clareza de Guedes sobre não haver aumento da carga tributária, tratando-se de substituição tributária.

“O que eu falei com o Paulo Guedes, você fala CPMF, né, pode ser o imposto que você quiser, tem que ver por outro lado o que vai deixar de existir.

Se vai diminuir a tabela do Imposto de Renda, o percentual, ou aumentar a isenção, ou desonerar a folha de pagamentos, se vai também acabar com o IPI”, afirmou Bolsonaro, acrescentando: “Então, falei com ele, quando for apresentar a vocês, botar os dois lados da balança”.

Até recentemente, o presidente vetava qualquer discussão pública sobre a criação de impostos. O tema chegou a causar a demissão do então secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, que defendeu o seu retorno. Desta vez, porém, condicionou a criação do novo imposto à vontade popular.

“Se o povo não quiser mexer, deixa como está”, disse, sem se estender sobre como seria aferido o desejo do população. “Não tem aumento de carga tributária. Você pode substituir imposto, agora, aumentar, o pessoal não aguenta mais pagar imposto”.

No início da manhã deste domingo, o presidente saiu de moto do Palácio da Alvorada e foi conversar com apoiadores numa padaria no Lago Norte, bairro nobre de Brasília. (Nonato Viegas 0 Veja online)