Os bombardeios realizados por Israel contra o Líbano, que começaram há menos de duas semanas, já resultaram na morte de 1.974 pessoas, de acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira, 3, pelo Ministério da Saúde do Líbano. Dentre as vítimas, 127 eram crianças. O número de feridos também é elevado, com mais de 6 mil pessoas atingidas.
O total de mortos nesta nova escalada do conflito já ultrapassa o número registrado durante a guerra do Líbano em 2006, quando 1.191 pessoas, incluindo civis, soldados e membros do Hezbollah, perderam a vida em pouco mais de um mês de confronto.
Os ataques aéreos israelenses tiveram início em 20 de setembro, pouco depois de o governo de Israel anunciar uma nova fase da guerra, com foco na região norte do país, próxima à fronteira com o sul do Líbano. A área é conhecida por ser o reduto do Hezbollah, grupo extremista libanês financiado pelo Irã, que luta contra Israel.
Embora o governo israelense insista que os bombardeios têm como alvo exclusivamente estruturas militares do Hezbollah, localizadas em território libanês, o número de civis mortos é alarmante. O governo do Líbano relatou que a maioria das vítimas até o momento não eram combatentes.
Após uma semana de bombardeios aéreos, Israel lançou uma ofensiva terrestre no Líbano. Nesta quinta-feira, dois novos ataques atingiram o centro da capital, Beirute, matando nove pessoas e deixando outras 14 feridas.