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Ex-presidente escapou de pena mais pesada, proposta por ministro Edson Fachin. Relator havia sugerido pena final de 33 anos e 10 meses

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, depois de sete sessões, o julgamento do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Por maioria de votos, os ministros condenaram Collor a oito anos e  dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além do pagamento de R$ 108,6 mil em multa, por comandar um esquema de corrupção que desviou R$ 29,5 milhões da BR Distribuidora.

Pelo tamanho da pena, Collor terá de cumprir pena em regime fechado. Ele também deve arcar com uma indenização de R$ 20 milhões.

Com isso, o 32º presidente da República se torna o segundo, após Lula, a ser condenado por corrupção. Ele, no entanto, escapou da pena sugerida pelo relator há duas semanas: ele sugeriu 33 anos e 10 meses de prisão, proposta descartada pelo plenário.

Os ministros tiveram dificuldade em aplicar a dosimetria — isto é, o tamanho da pena — já que todos os ministros tinham opiniões distintas sobre o caso. Luis Roberto Barroso, por exemplo, sugeriu pena de 15 anos e quatro meses de prisão.

Ao fim, prevaleceu a proposta do ministro Alexandre de Moraes. Outros dois envolvidos no esquema criminoso também foram condenados: Pedro Paulo Bergamaschi foi condenado a quatro anos e um mês de prisão e cerca de R$ 36,2 mil em multa. Luiz Pereira Duarte de Amorim teve a pena de três anos. (O Antagonista).

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