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O portal O INFORMANTE obteve mais informações sobre o ataque da noite dessa quinta-feira, 18, na Vila dos Frades (Coroadinho), praticado por quatro homens que ocupavam um veículo Onix, cor prata, placas QOH-0286, roubado.

Max Lisboa, a terceira vítima dos ataques do Coroadinho, está internado no Socorrão 1

Houve uma terceira vítima no atentado: Max Diego David Lisboa, de 22 anos. Morador da Rua da Prata, s/n, Coroadinho, Max foi atingido com um tiro nas costas e está internado em estado grave no Hospital Djalma Marques (Socorrão 1).

Max foi o primeiro a ser baleado pelos ocupantes do Ônix, também quando transitava pela rua Risoleta Neves. Logo em seguida, os autores dos crimes balearam o adolescente Gabriel Silva Gomes, de 17 anos, que estava acompanhado da namorada Marília Mauritânia Alves Costa, de 15 anos, estudante da Fundação Bradesco. Como fazia com frequência, Gabriel tinha ido buscar a namorada na escola e caminhava com ela, no rumo de casa, quando os dois sofreram o ataque. Marília foi atingida na cabeça, enquanto Gabriel foi baleado na cabeça, clavícula e braço.

Os três foram socorridos e levados para o Socorrão 1, onde Marília já chegou morta e Gabriel e Maxi foram encaminhados para a UTI. No fim da noite, policiais militares que acompanhavam o caso informaram que Gabriel estava com morte cerebral atestada. Hoje pela manhã, porém, conforme divulgou O INFORMANTE, com exclusividade, médicos do Centro Cirúrgico do Hospital Djalma Marques disseram que a morte cerebral do adolescente não estava confirmada. “O estado dele é crítico, mas não se pode afirmar com segurança que esteja com morte cerebral. Hoje, à tarde, uma equipe médica irá reexaminá-lo para atestar com segurança se há ou não morte cerebral”, afirmou um dos profissionais do centro cirúrgico.

Por sua vez, Max Lisboa, que foi baleado nas costas, também permanece internado no Socorrão 1, em estado que inspira cuidados.

Investigações – O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, por meio da Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP). Uma das linhas de investigação é de que os crimes teriam o envolvimento de integrantes de facções criminosas da área do Coroadinho. A polícia já levantou que Max Diego David Lisboa, uma das três vítimas, já foi preso por tráfico, em 01 de dezembro de 2021. Nada foi encontrado, até o momento, a respeito de Gabriel.

Carro tomado de assalto – O Ônix, cor prata, usado nos crimes pertence ao motorista de aplicativo Francisco Antônio de Melo Oliveira, de 47 anos. Em depoimento à polícia, ele relatou que na quinta-feira, 18, por volta das 18h, estava no bairro do Anil quando recebeu uma solicitação de corrida no bairro do Coroadinho com destino à UPA do Araçagi. Quando ele chegou, o solicitante da corrida entrou no banco de trás e, antes que ele desse partida, o suspeito lhe aplicou uma gravata e colocou um revólver na sua cabeça. Em seguida, entraram mais três homens e um deles tomou a direção do veículo. Um outro passou para o banco do carona e o motorista foi obrigado a ir para o banco de trás, sendo amarrado e ‘encapuzado’ com a própria camisa.

Depois de percorrerem algumas ruas do bairro, pararam o carro e alguns deles desceram e começaram a efetuar disparos contra outras pessoas. Depois desses tiros, eles retornaram ao carro e mais na frente agiram da mesma forma; descendo e efetuando mais disparos. Vendado, o motorista disse que não sabe quantos desceram nem em quem estavam atirando. Francisco Oliveira disse que na segunda parada, após os disparos, houve uma gritaria e muito tumulto. Em seguida, com todos já dentro do veículo, saíram em alta velocidade, passando por quebras-molas e buracos sem frear. De repente, segundo o motorista, tudo se acalmou e um deles pediu para parar o carro, pois iria descer. Os outros seguiram e depois de um tempo pararam e foram embora, deixando Francisco dentro do Ônix. Percebendo que estava sozinho, o motorista desceu e pediu socorro, perguntando onde tinha uma delegacia. Moradores do bairro o ajudaram e cortaram a corda que o amarrava.

Francisco disse que quando seguia para a delegacia informada, dirigindo seu veículo, encontrou uma viatura da polícia e parou, relatando o que havia acontecido. Ele ainda entrou na viatura e ajudou a polícia em buscas feitas pelas ruas do bairro, mas não conseguiram encontrar oa autores dos crimes. Depois disso, como tinha sido atingido também com uma coronhada na cabeça, Francisco seguiu para o Socorrão 1, onde foi medicado.

As investigações prosseguem e a SHPP espera identificar e capturar os autores do triplo crime o mais rápido possível.

 

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