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O diretor da FIEMA, Raimundo Gaspar, juntamente com o superintendente da FIEMA, César Miranda e o presidente do Sindicato das Indústrias de Bebidas, Refrigerantes, Água Mineral e Aguardente do Estado do Maranhão (SINDIBEBIDAS), Jorge Fortes participaram na última quarta-feira (dia 04), em Alcântara, de reunião articulada pela entidade com representantes das comunidades rurais e a AMBEV.

A reunião ocorreu no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais com o objetivo principal de alinhar a parceria dos produtores de mandioca das comunidades rurais de Alcântara com a AMBEV. O encontro teve a participação da SAGRIMA, AGERP, SENAR e AEB.

Além dos produtores, a reunião contou com a presença do secretário de Agricultura e Pesca de Alcântara, Antônio Marcos, da representante da AMBEV, Antônia Danniela de Sousa Lima, do representante do Banco do Nordeste, Allannisson José de Sousa, de João Batista de Figueiredo (SENAR); do secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca do Maranhão (SAGRIMA), Sergio Delmiro, o coordenador de desenvolvimento rural sustentável da Agência de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão –AGERP, Arthur Costa Soares; da coordenadora da Unidade Regional do Maranhão da Agência Espacial Brasileira (AEB), Thais Durans, do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Abreu Aniceto Pereira e do vice-prefeito de Alcântara, Nivaldo Araújo.

Durante a reunião foi ressaltado a valorização do produtor rural alcantarense como de extrema importância para a mandiocultura. Durante a reunião, os representantes das comunidades aproveitaram o momento com as demais autoridades presentes para esclarecer as principais dúvidas sobre a parceria com a AMBEV e a revenda da mandioca produzida em Alcântara.

O superintendente da FIEMA, Cesar Miranda ressaltou que a comercialização da produção rural, especialmente a mandiocultura, é uma ações debatidas ao Programa de Desenvolvimento Integrado, coordenado pela Comissão de Desenvolvimento Integrado para o Centro Espacial de Alcântara (CDI-CEA) que discuti visando o desenvolvimento do Centro Espacial de Alcântara (CEA) e a região.

Atualmente, o Brasil ocupa o quarto lugar na produção de mandioca, correspondendo a 12,7% do total mundial. Entretanto, esse percentual tende a crescer, principalmente por parte do Maranhão, região em que o cultivo tem sido altamente fortalecido por meio de programas de incentivo.

A produção de mandioca já era muito expressiva em diversos municípios do Maranhão, onde é cultivada para consumo in natura ou para transformação em uma diversidade de produtos, como a farinha e fécula, gerando emprego e renda para trabalhadores locais. Apesar de ser um produto muito explorado em todo o estado, algumas localidades se destacam na produção da mandioca e seus derivados, como Centro Novo do Maranhão, Bom Jardim, Nova Olinda do Maranhão, Presidente Médici, Pedro do Rosário, Maracaçumé, Zé Doca, Alcântara, Bacuri, Cedral e Central do Maranhão.

A cadeia produtiva da região é sustentada pelos pequenos produtores rurais e pela agricultura familiar. Há tempos a cultura da mandioca é destinada à produção de farinha e extração da fécula, alimentando o comércio local. Entretanto, a produção de cerveja de mandioca tem criado expectativas nos produtores regionais. No mês de março, cerca de 20 famílias entregaram à cervejaria Ambev 30 toneladas de mandioca produzidas em vários povoados do município de Bequimão. Ao todo, os agricultores deverão entregar mais 100 toneladas da raiz à cervejaria nos próximos meses e já comemoram o sucesso da safra. Pequenos agricultores familiares têm recebido orientação e estímulo da prefeitura local e a parceria com a Ambev deve abrir caminho para um novo mercado.

Muito valorizada no mundo inteiro, a produção da mandioca tem apresentado crescimento notório nas últimas décadas ao redor do mundo. Segundo dados divulgados pela organização das nações unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), a taxa de produção mundial da mandioca aumentou em cerca de 4%, nos últimos 5 anos. A mandioca também ocupa lugar de destaque aqui no Brasil. Essa planta consegue se adaptar facilmente às condições de diferentes tipos de solo e não é necessária muita tecnologia para sua produção.

A parceria com a Ambev é fruto da articulação com o Governo do Estado, por meio da SAF, Agerp, Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Energia (Seinc), Secretaria da Fazenda de Estado do Maranhão (Sefaz) e Secretaria de Agricultura Pecuária e Pesca (Sagrima).