Governadores do Nordeste suspenderam nesta quinta (5) a compra da vacina russa Sputnik V. A decisão, segundo o Consórcio Nordeste, se deu pelas limitações impostas pela Anvisa para o uso do imunizante no Brasil e a decisão do Ministério da Saúde de não utilizá-lo.
A Sputnik V tem apenas uma autorização limitada de importação dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aos nove Estados que fizeram contrato com os russos.
A agência autorizou a importação de aproximadamente 4 milhões de doses que poderiam ser usadas no Brasil, de forma limitada, desde que os Estados assinassem um compromisso de fazer estudos para verificar a segurança e a eficácia da vacina e levantar dados que, até hoje, o fabricante –Instituto Gamaleya– não forneceu, segundo a Anvisa.
Além disso, todos os lotes da Sputnik que chegassem ao Brasil teriam que ser testados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para que se verificasse a segurança e eficácia.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já afirmou que o governo federal não pretende incluir a Sputnik V no PNI por não haver mais necessidade, uma vez que o país já possui contratos para aquisição de vacinas suficientes entre as que já possuem autorização para uso no Brasil. Com isso, o custo total da importação ficaria somente para os estados.
De acordo com a nota do Consórcio Nordeste, as 37 milhões de doses direcionadas inicialmente ao Brasil serão agora enviadas pela Rússia a Argentina, México e Bolívia.