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O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, decidiu acatar um pedido feito pelo deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e determinar que o partido faça um processo de prévias para a escolher o candidato a presidente em 2022. É a primeira vez que a legenda faz isso em âmbito nacional, mas a ideia já foi feita nas eleições para prefeitura de São Paulo em 2016 e ao governo paulista em 2018. Em ambas, João Doria foi escolhido candidato.

A decisão do partido acontece um dia depois do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anular as condenações de Lula (PT) na Lava Jato do Paraná e torná-lo elegível em 2022.

Desta vez, o processo de prévias dificulta os planos de Doria, que buscava ser escolhido o candidato do partido por aclamação e tentou assumir a presidência do PSDB para garantir isso, mas não teve sucesso. Adversários de Doria na sigla tentam fortalecer o nome de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul. O gaúcho é hoje o tucano apontado como principal adversário de Doria na disputa pela candidatura.

O site Congresso em Foco ouviu um aliado próximo de Doria, que confirmou que o governador vai se inscrever no processo de prévia e não considera o processo uma derrota para Doria. “Somos filhos das prévias”, disse a fonte.

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