Este é um importante passo para inserir o Brasil em um seleto grupo de países com capacidade de lançamento de veículos espaciais.
A chegada a São Luís do cargueiro Boeing 747, na noite de sábado, 3, transportando carga especial contendo peças do foguete que será lançado de Alcântara, até o fim deste mês, pela empresa espacial coreana Innospace, marca um novo momento para a consolidação do Centro Espacial de Alcântara(CEA). Ele tem altura de 16,3 metros, um metro de diâmetro e peso de 9,2 toneladas. O avião decolou de Seul, na Coreia do Sul, sexta-feira, 2, fez uma parada técnica em Dubai, e seguiu para o Maranhão.
No Aeroporto Hugo da Cunha Machado, o diretor da empresa coreana, Élcio Oliveira, recepcionou a comitiva da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão(FIEMA), liderada pelo presidente Edilson Baldez, acompanhado dos vice-presidentes da Executivos, Luiz Fernando Renner e Celso Gonçalo, convidados especialmente para este ato histórico. “Esse é um momento histórico para o Programa Espacial Brasileiro, e especialmente para o Maranhão, diante das oportunidades que serão criadas com a instalação da indústria aeroespacial em nosso estado”- disse Edilson Baldez.
Esta é a primeira vez uma empresa privada enviará um foguete ao espaço a partir de Alcântara. Isso só foi possível devido ao acordo assinado, em 3 de maio desse ano, quando a INNOSPACE, startup espacial sul-coreana para pequenos veículos lançadores, assinou um acordo com o Departamento Brasileiro de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) para lançar o SISNAV, um projeto de sistema de navegação inercial apoiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do governo brasileiro) e AEB (Agência Espacial Brasileira).
Será o primeiro voo de teste suborbital para validar o motor de primeiro estágio do HANBIT-Nano, que é um pequeno lançador de satélites de dois estágios, capaz de transportar uma carga útil de 50 kg. O HANBIT-TLV levará a bordo a carga SISNAV, um sistema de navegação inercial que está sendo desenvolvido pelo DCTA e outras instituições. Eles verificarão se o SISNAV opera bem em ambientes específicos como vibração, choque e alta temperatura, que ocorrem em todo o processo desde a decolagem e durante o voo transatmosférico.