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O projeto aprovado na Câmara Federal restabelecendo o despacho gratuito de bagagens em viagens aéreas tem tudo para virar repeteco do que aconteceu em 2019, e voltar a ser vetado pelo presidente Jair Bolsonaro. No início do mandato, Bolsonaro baixou medida provisória, como neste ano, alterando regras para o setor aéreo. Na ocasião, os deputados incluíram o fim da cobrança por bagagens. O Senado também aprovou, mas a medida foi vetada quando chegou ao Palácio do Planalto para sanção presidencial.

Se depender de quem aconselha o presidente sobre o assunto, o projeto que ressuscita a gratuidade de bagagens vai morrer novamente.

Os ministros Paulo Guedes (Economia), Ciro Nogueira (Governo) e o secretário de Aviação, Ronei Glanzman, são sensíveis ao lobby das empresas aéreas.

A Anac, agência “reguladora” da aviação civil, reproduz o discurso falacioso das companhias aéreas contra o despacho gratuito.

A Anac e as empresas prometeram, em 2016, que a cobrança por malas reduziria o preço de passagens. Era mentira. Triplicou, desde então. (Coluna do Cláudio Humberto).