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Numa dura resposta à prefeitura de São Luís, a Câmara Municipal ludovicense iniciou as atividades legislativas de 2022 com a ausência de quase todos os vereadores. O próprio prefeito Eduardo Braide, provavelmente informado da ‘rebelião’, não participou do abertura dos trabalhos. Apenas 8 dos 31 parlamentares marcaram presença. A edil Silvana Noely chegou quando a sessão já se aproximava do fim.

Com a sessão sem quórum, o prefeito Braide foi representado pela vice-prefeita Esmênia Miranda. A Casa Legislativa evidencia uma crise interna e também com a prefeitura. Fica claro ainda que o diálogo precisa orquestrar essa relação para que ações em prol das pessoas sejam realizadas com mais efetividade, avaliam os edis que se ausentaram.

“O prefeito precisa da Câmara Municipal para aprovar projetos de lei e demais iniciativas, e a Câmara precisa da prefeitura para que as demandas das comunidades, que os vereadores recebem diariamente, sejam atendidas, uma vez que são importantes interlocutores do povo com as autoridades e os serviços públicos”, disse um dos edis ausentes.

“O prefeito Eduardo Braide mostra pouco interesse com seus apoiadores e ignora a importância do parlamento, enquanto a Assembleia Legislativa retomou os trabalhos em sessão solene com a presença do governador Flávio Dino e do vice-governador Carlos Brandão. Gesto que demonstra como os poderes devem caminhar com harmonia e respeito”, complementou.

Os vereadores ausentes acreditam que Braide ficará sem governabilidade se não mudar a postura, pois conta com um número baixíssimo de apoiadores na Casa, e estes também estariam insatisfeitos.