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Cobrado pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, após 13 dias sem resposta, o procurador-geral Augusto Aras informou ter aberto investigação preliminar sobre possíveis irregularidades em transmissão ao vivo do presidente Jair Bolsonaro no fim de julho. Na live, o presidente lançou suspeitas sobre as urnas eletrônicas, apesar de admitir não ter provas. A investigação preliminar tramita apenas internamente na Procuradoria-Geral da República e não é submetida ao crivo do STF.

Bastidores: seis dos dez ministros do Supremo já cobraram de Aras providências e manifestações em ações de interesse do governo federal. Na Corte, há insatisfação crescente com o comportamento do procurador-geral.

Em paralelo: a PGR impediu a análise de um pedido de prisão contra o ex-deputado Roberto Jefferson pela Justiça Federal em dezembro do ano passado. O pedido foi apresentado pelo Ministério Público Federal, embasado nos mesmo fatos que motivaram a prisão de Jefferson nesta semana, por determinação do STF.