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Nove governadores foram convocados a prestar depoimento à CPI da Covid no Senado. A comissão também aprovou a convocação do ex-governador do Rio Wilson Witzel — o governador Cláudio Castro não foi chamado. O critério definido pelos senadores foi selecionar os estados que são ou foram alvo de investigação da Polícia Federal.

A CPI também decidiu reconvocar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e seu antecessor, o ex-ministro Eduardo Pazuello, que prestarão novo depoimento.

lista dos próximos depoentes inclui ainda pessoas que podem ter aconselhado o presidente Jair Bolsonaro na condução da pandemia em paralelo ao Ministério da Saúde: o assessor especial da Presidência Arthur Weintraub, o assessor para assuntos internacionais Filipe Martins e o empresário Carlos Wizard.

Os senadores, no entanto, barraram uma tentativa de convidar o pastor Silas Malafaia a falar à comissão. A ideia havia sugerida por Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e o requerimento foi apresentado pelo governista Marcos Rogério (DEM-RO). O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), não colocou o pedido em votação.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou um requerimento para convocar Jair Bolsonaro. Até hoje, nenhum presidente foi chamado para falar numa CPI.

Bastidores: O acordo para a convocação dos governadores foi acertado em uma sala fechada, após divergências no grupo de senadores independentes e de oposição, que são maioria na CPI. Depois do acerto, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) insistiu na convocação de prefeitos, o que gerou bate-boca na comissão.

Documentos – Uma planilha entregue pelo governo federal à CPI indica que Bolsonaro se reuniu apenas uma vez por semana para tratar da pandemia. Desde fevereiro de 2020, foram 84 reuniões sobre o assunto.

O Ministério da Defesa informou à comissão que distribuiu 2,9 milhões de comprimidos de cloroquina entre abril e agosto de 2020, sob orientação do Ministério da Saúde. (Essencial – O Globo)