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As companhias aéreas brasileiras registraram uma média de 1.258 partidas domésticas diárias no mês de março, o equivalente a 52,4% da média anterior à pandemia do coronavírus. O número voltou a cair com o agravamento da pandemia do coronavírus no país, que acontece desde o início de ano.

O levantamento é da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O setor aéreo foi um dos que mais sofreu diante da necessidade de distanciamento social para evitar a propagação da Covid-19. Desde maio do ano passado, com a flexibilização das atividades, o número de voos subiam em uma lenta crescente, até chegar ao auge em janeiro de 2021.

Naquele mês, a média diária de voos alcançou 1.798 decolagens, proporcional a 75% da oferta diária do início de março de 2020.

“O recrudescimento da pandemia já havia impactado a quantidade de voos em fevereiro, quando a média diária recuou para 1.469, o que equivale a 61,2% da malha aérea pré-crise”, diz a Abear.

O Brasil passa pelo pior momento da pandemia do coronavírus, com mais de 282 mil mortes e 11,6 milhões casos confirmados. A média móvel de mortes registra alta de 48% em relação a 14 dias atrás.

Além do prejuízo doméstico, o país está no foco do noticiário sobre a Covid desde que atingiu patamares excepcionais de disseminação da doença. No início do mês, diretores da Organização Mundial de Saúde (OMS) cobraram medidas agressivas e disseram que o aumento dos casos de Covid-19 no país pode impactar toda a América Latina.

“A situação é muito séria, muito preocupante. As medidas de saúde pública que o Brasil deveria adotar deveriam ser agressivas – enquanto, ao mesmo tempo, distribui vacinas. (…) Se o Brasil não for sério, vai continuar a afetar toda a vizinhança lá e além. Não é só sobre o Brasil”, disse recentemente Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS.

(Da redação com G1)