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O Supremo Tribunal Federal cobra do governo informações detalhadas sobre a vacinação contra a Covid-19. Nesse domingo, 13, o ministro Ricardo Lewandowski deu 48 horas para o Ministério da Saúde informar as datas de início e término da imunização no país. Também quer uma previsão de duração de cada uma das fases do planejamento, que foi apresentado à Corte no sábado.

Horas depois da decisão, o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, afirmou que seria “irresponsável” fixar uma data para o início da vacinação no Brasil, argumentando que nenhum laboratório iniciou o processo de registro de imunizante na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No plano de vacinação entregue ao Supremo, o governo prevê vacinar 51,4 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2021. Estão descritas quatro fases dedicadas aos grupos prioritários e vacinas que podem ser aplicadas (veja o que foi apresentado). O documento foi criticado por especialista: faltam detalhes sobre datas e logística, e não inclui a CoronaVac, vacina que está sendo produzida pelo Instituto Butantan.

O plano também foi alvo de polêmica: 31 pesquisadores que assinam o documento divulgaram nota pública em protesto, afirmando que não tiveram acesso à versão final, entregue à Corte. O Ministério da Saúde disse que a participação dos especialistas era de “cunho opinativo” . Depois, voltou atrás e retirou a expressão de um comunicado.

Os Estados Unidos aprovaram o uso da vacina da Pfizer e começam hoje a distribuir lotes do imunizante.

O Brasil completou uma semana com a média móvel de mortes acima de 600 — estava em 637 no domingo. Já são mais de 181 mil óbitos e 6,9 milhões de contágios confirmados. Especialistas afirmam que a segunda onda de infecções vai se concretizar em janeiro, após as festas de fim de ano. (O Globo)