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Gil Maranhão

Em reunião com os governadores, em que foram cobradas medidas do governo federal sobre vacinação contra o novo coronavírus, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, previu que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca terá o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim de fevereiro.

Com a aprovação na semana passada pelo Congresso Nacional, o governo federal já destinou R$ 1,99 bilhão para o Ministério da Saúde viabilizar a produção e/ou a aquisição de 100 milhões de doses da vacina de Oxford.

O ministro foi questionado, também, sobre a etapa de desenvolvimento do imunizante – o Ministério da Saúde tinha anunciado, em junho, a parceria para a pesquisa e produção nacional da vacina, em parceria com a universidade e a farmacêutica. “Isso é AstraZeneca, em que fase está? Previsão de submeter à Anvisa (em dezembro). Previsão de registro? Previsão de início no final de fevereiro. Então, se Deus quiser, com tudo pronto, nós iniciaremos a vacinação da AstraZeneca”, respondeu.

Oxford em fase 3 – Pazuello informou, ainda, que a vacina de Oxford está na etapa de conclusão da fase 3 dos testes. Em seguida, o processo deve ser submetido à Anvisa, que avaliará se pode conceder o registro. Segundo o ministro, esses documentos devem ser enviados à agência até o fim deste mês.

“Se isso acontecer, nós só vamos ter registro efetivo da AstraZeneca no final de fevereiro, mesmo que tenham chegado as 15 milhões de doses em janeiro. A Anvisa seguirá dentro dos seus critérios técnicos. Com certeza, ela vai fazer o mais rápido possível”, frisou.

O ministro também foi questionado pelos governadores sobre as tratativas do governo federal para a aquisição da vacina Coronavac. Pazuell revelou que o imunizante também está no fim da fase 3 dos testes, e que, na sequência, deve ser submetido à Anvisa. De acordo com ele, a análise pela agência deve levar cerca de 60 dias. “O presidente falou claramente isso aí: todas as vacinas que tiverem seu êxito, sua eficácia com seus registros da Anvisa da maneira correta e, se houver necessidade, por que não adquirir? O presidente colocou de forma clara, o resto faz parte do dia a dia das discussões do país”, acentuou.