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Um dia após dizer que o Brasil “está de parabéns” pela política ambiental adotada, o presidente Jair Bolsonaro experimentou efeito colateral das queimadas no Mato Grosso. O avião que levava o presidente ao estado precisou arremeter por falta de visibilidade decorrente da fumaça dos incêndios. Na segunda tentativa, a aeronave conseguiu pousar.

Ao desembarcar em Sinop (MT), Bolsonaro voltou a provocar aglomeração e cumprimentou apoiadores sem usar máscara de proteção. Em Sorriso (MT), o presidente disse que produtores rurais não “entraram naquela conversinha mole de fique em casa e a economia a gente vê depois”.

O que está acontecendo: o Pantanal enfrenta recorde de queimadas este ano e já teve 19% de sua área destruída pelo fogo — território mais de dez vezes maior que as cidades de Rio e São Paulo juntas. A Amazônia também tem mais focos de incêndio em setembro do que no mesmo mês do ano passado.

Em paralelo: uma força-tarefa formada por integrantes de órgãos ambientais, universidades, ONGs e voluntários realiza mutirões para estimar o número de animais mortos pelo fogo no Pantanal. (O Globo)