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Com a retomada das atividades após o recesso do meio do ano nesta segunda-feira, a cúpula do Judiciário deve movimentar o cenário político com a continuidade de temas espinhosos e investigações polêmicas.

No Supremo Tribunal Federal, há expectativa sobre os desdobramentos dos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos — que respingam em apoiadores de Jair Bolsonaro.

Há, também, a previsão de que os ministros decidam sobre o foro concedido ao senador Flávio Bolsonaro pelo Tribunal de Justiça do Rio no início de julho.

Medidas duras contra governadores devem seguir no Superior Tribunal de Justiça, instância competente para investigar e processar os chefes dos estados.

Já foram alvo de operações autorizadas pela Corte, entre outros políticos, os governadores de Rio de Janeiro, Amazonas e Pará.

Considerado fundamental para as investigações sobre a morte de Marielle Franco, também acontece no STJ o julgamento sobre a quebra de sigilo de dados que opõe o Ministério Público do Rio e o Google. Já tem data para acontecer: o próximo dia 26 de agosto.

No TSE, as atenções se voltam para a discussão a respeito do abuso de poder religioso, que pode definir balizas para a participação de religiosos na política.

A questão já começou a ser analisada e a proposta do relator, ministro Edson Fachin, é para que o abuso de poder de autoridade religiosa possa levar à cassação. (Robson Bonin – Radar da Veja)