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Um mapa divulgado nesta quinta-feira mostra a posição atual dos navios petroleiros, também chamados tanqueiros, tanto em circulação quanto ‘estacionados’; a maioria repleta de petróleo.

Grande parte está parada ao redor do mundo; ou por não ter como descarregar, devido à redução do comércio, ou servindo de armazenamento.

Na verdade, o mercado de petróleo está sob enorme desafio, porque se trata de um processo contínuo; desde a produção, da extração do petróleo, seja ele em mar, que vai para os dutos, tancagens, refinarias…, o produto acabado também vai para os navios, para os mercados consumidores, para os portos, distribuidoras, para os postos de gasolina… Então, quando essa cadeia começa a ter um problema de demanda, o que está acontecendo agora, quando se tem uma restrição de demanda por falta de circulação de aviões, de carros, caminhões, ônibus, etc, ela não é tão simples de parar. A Petrobras e outras empresas/operadoras, por exemplo, já começaram a reduzir a produção, diminuir postos menos rentáveis; enfim, de fato é um grande desafio, disse a O INFORMANTE um especialista no setor.

Hoje o petróleo está na faixa de 20 dólares o barril, abaixo do custo de produção. mas há apostas de que, após o coronavírus, o barril volte ao preço de 35, 40 dólares. Por isso que as empresas com muito dinheiro estão comprando petróleo, gasolina para armazenar. Os países estão refazendo suas reservas estratégicas. Mas de fato é um novo momento, uma nova realidade. Mais pela questão econômica, da recuperação do cenário no pós-Covid do que da necessidade, porque durante algum tempo ainda vai se precisar de petróleo e combustível, complementou.

Segundo a fonte, estamos em um cenário de queda nos preços por dois motivos: pela briga entre a Rússia e a Arábia Saudita, e agora, também, pelo advento do coronavírus. Empresas estão se aproveitando para fazer estoques, com a queda do preço e expectativa de retomada no pós-Covid. E de fato alguns produtores estão usando navios para armazenar petróleo, mas ainda há espaço para estocagem pelo mundo. Tudo vai depender dos próximos 30, 90 dias.

 

 

 

já que armazéns em terra estão lotados, tubulações estão lotadas, e sem fluxo, pela baixa demanda do petróleo. Embora o óleo hoje valha zero, mantê-los nessas condições (detidos) custa cerca de 30.000 dólares diários por navio.

Não há quem compre petróleo se os aviões não voam, se os veículos não transitam na cidade. Nunca na história contemporânea aconteceu uma redução tão drástica do consumo de combustíveis fósseis.

O petróleo está parado, hoje, sobre a superfície dos oceanos (nos tanques dos navios), nos depósitos que há em terra e dentro dos canos que normalmente são usados para transporte.

Não tem índice mais claro para entender a magnitude da paralisia e os problemas que o capitalismo moderno enfrenta, já que o lastro do dólar é esse, parado, boiando nos oceanos.

As informações são do grupo de WUP. de comunidade portuária.