“Moro , infelizmente, confessa mais uma ilegalidade: pediu pensão ou algo similar para aceitar um cargo em comissão. Algo nunca visto antes na história. E tal condição foi aceita? Não posso deixar de registrar o espanto“, tuitou o governador Flávio Dino, nesta sexta-feira, em uma de suas manifestações sobre o pronunciamento do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, ao anunciar a sua saída do governo, em entrevista coletiva no final desta manhã.
Da mesma forma que o governador maranhense, o blog O INFORMANTE não pode deixar de registrar que Flávio Dino ressaltou uma declaração de Moro, no mínimo, ambígua. Disse o ex-ministro na coletiva: “Tem uma única condição que eu coloquei, não ia revelar, mas, agora, acho que isso não faz mais sentido manter o segredo e pode ser confirmado pelo presidente e general Heleno. Disse que, como estava abandonando 22 anos para a magistratura, pedi a saída da magistratura perdi a previdência… pedi apenas, como seríamos firmes contra a criminalidade, principalmente a organizada, que é muito poderosa, que, se algo acontecesse, pedi que minha família não ficasse desamparada, sem alguma pensão. (Foi) única condição que coloquei para assumir essa posição específica no Ministério da Justiça”.
Ou seja, Sérgio Moro condicionou ao presidente da República que se lhe acontecesse alguma coisa, no caso de ser assassinado pelo crime organizado, por exemplo, que a sua família não ficasse desamparada.
Infelizmente, o governador Flávio Dino, num momento tão grave e sério para o Brasil, achou de destacar um detalhe que extraiu de uma afirmativa, no mínimo, ambígua, sendo, ao nosso ver, inoportuno e exagerado na crítica.