A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) divulgou um plano de 45 dias para retomada da economia com propostas a serem adotadas em etapas após a quarentena.
No documento com mais de 70 páginas, chamado de Plano de Retomada da Atividade Econômica, a entidade defende uma “retomada gradual da atividade econômica o mais breve possível, respeitando os requisitos de saúde pública e controle de epidemia”.
Primeiro passo – De acordo com o protocolo da FIESP, “no momento da flexibilização, é importante ter segurança de que o sistema de saúde estará pronto para o combate ao vírus”. O primeiro passo do plano é começar um distanciamento social seletivo. Cidadãos que se enquadram em grupos de risco e os infectados continuam em isolamento, e estabelecimentos comerciais, como lojas de rua e restaurantes, escolas e creches seriam reabertos.
Depois de duas semanas, haveria a liberação de shopping centers e prestadores de serviço como, por exemplo, os salões de beleza. Após mais 14 dias, os parques seriam reabertos com controle de acesso. Um mês e meio após o início do plano, cinemas, academias, teatros, museus e universidades voltariam à atividade.
Ao retornar, as atividades devem respeitar protocolos de convivência e de distanciamento social voltadas ao combate da Covid-19. A cada 7 dias a situação da epidemia deve ser reavaliada e, com isso, os protocolos relaxados ou intensificados.
Horários dos funcionários – O documento da FIESP apresenta ainda uma proposta de horários de abertura e fechamento para os diversos setores da economia “como forma de distribuir o fluxo de trabalhadores ao longo do dia e mitigar o contágio no transporte público”. Porém, ressalta que “cada companhia sabe de suas próprias necessidades em termos de horários de expediente e deve ter liberdade para definir os horários de entrada e saída de seus funcionários”.
No grupo 1, estão as fábricas, empresas agropecuárias e de utilidade pública como água, esgoto e energia. Os empregados devem chegar às 6h e sair às 15h. No grupo 2, estão serviços de construção, alimentação e comércio atacadista. A entrada seria às 8h e a saída, às 17h.
No 3, funcionários de serviços de escritório, financeiros, informação e comunicação e reparos de veículos poderiam chegar às 10h e sair às 19h. Já no último grupo, o de varejo, seleção e agenciamento de mão de obra, artes e cultura, agências de turismo e demais serviços, os funcionários chegariam às 12h e seriam liberados às 21h.
Todas as empresas precisam ainda reforçar a comunicação e o treinamento dos funcionários quanto às medidas de prevenção ao novo coronavírus como o distanciamento no local de trabalho e limpeza e desinfecção dos ambientes.
Flexibiização: atividades de vários segmentos se iniciam de maneira gradativa.
Outros países
Nessa segunda-feira, a Alemanha começou a afrouxar as medidas de quarentena. Lojas com mais de 800 metros quadrados puderam reabrir para o comércio e parte da produção de automóveis voltou com a retomada da linha industrial na Volkswagen, parada desde março.
Nos EUA, o processo de reabertura começa a ganhar força. Na semana passada, o presidente Donald Trump traçou um plano de reabertura em três etapas para começar a partir desta semana. Começam a discutir a retomada até mesmo em regiões mais afetadas, como Nova York, Massachusetts e Pensilvânia, mas ainda sem datas. (Com portal São Luís do Futuro – Grupo JP)