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Flávio Dino está tendo o apoio da grande maioria da população com as medidas restritivas que vem tomando de combate ao coronavírus, principalmente para evitar uma ‘explosão’ dos casos no estado.

Desde o início, quando saiu na frente e anunciou as primeiras medidas, o governador maranhense tem recebido apoio e sendo bastante elogiado pelo conforto passado à população, inspirando total confiança.

Desde então, ‘aqui, acolá’ passou a provocar ira de seguidores de Jair Bolsonaro que o estavam apoiando, diante das seguidas críticas ao presidente: muitas procedentes, algumas desnecessárias e outras exageradas, como sugerir a responsabilidade de Bolsonaro pela morte de todos os brasileiros infectados pelo vírus.

Nas últimas horas, pessoas lúcidas que apoiam as medidas de Flávio Dino, passaram a se preocupar com o tom das medidas mais recentes. “O governador não pode errar no tom”, escreveu por e-mail a O INFORMANTE um admirador do Jornal Pequeno, preocupado com o risco de Flávio Dino perder o apoio popular. Precisa ter cuidado com isso não só Dino como os que atuam em seu nome. Na tarde deste domingo, um cidadão que saiu do Renascença e foi levar as roupas para serem lavadas no Araçagi, o que faz toda semana, foi abordado duas vezes por policiais que lhe revistaram o carro e interrogaram para onde ele ia. Mesmo diante do poder de polícia que é garantido ao governo em função das medidas emergenciais, a interdição por completo da Litorânea fere o direito de ir e vir do cidadão. Há, no mínimo, um conflito de princípios jurídicos.

Na questão da interdição, por completo, da Avenida Litorânea, por exemplo, o governador poderia flexibilizar para os caminhantes. Como? Proibindo as caminhadas no calçadão, que é estreito e permite um quase contato entre os adeptos do cooper, e liberá-las à beira da praia, onde os caminhantes podem manter uma certa distância de uns para os outros; afinal, o espaço é muito grande. Isso de acordo com a tábua das marés.