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O governador Flávio Dino afirmou, nesta quinta-feira (12), que o enfrentamento ao coronavírus precisa de união, medidas emergenciais e ações para evitar a paralisia da economia. Ele também falou sobre medidas adotadas no Maranhão para conter o vírus e estimular a atividade econômica e o emprego.

“Vivemos um período muito difícil no Brasil em face de uma crise sanitária derivada do avanço do coronavírus e de fatores econômicos, sobretudo a recessão – com consequente desemprego –, o descontrole cambial e crise na bolsa de valores”, afirmou o governador.

Dino acrescentou que existe a possibilidade de haver “uma paralisação da economia em escala global e também no Brasil”.

Por isso, alertou, as autoridades públicas não podem ser omissas, mas também é preciso ter tranquilidade e firmeza para evitar o pânico.

O governador deu como exemplo a atuação conjunta dos governadores e falou especificamente sobre as medidas adotadas no Maranhão.

“Sobre a questão sanitária, estamos agindo em articulação com o Ministério da Saúde e aguardamos que haja recursos imediatos. E já demandamos isso, para que haja ampliação e melhor preparação das redes estaduais de saúde, sobretudo no que se refere a leitos de UTI”, disse.

“Ao mesmo tempo, estamos preparando nossa rede própria, com os meios que temos disponíveis, destinando leitos e definindo o protocolo para que, se houver casos no Maranhão, tenhamos atitude imediata e o mais eficiente possível para contar o avanço do coronavírus”, acrescentou.

De acordo com o governador, no plano federal, é urgente que as medidas econômicas vão além das reformas de longo prazo. “Precisamos de medidas emergenciais de ativação na economia, investimentos públicos e proteção do sistema de saúde.”

“No caso do Maranhão estamos concentrando recursos nas obras públicas. Estamos adotando medidas fiscais emergenciais, para fazer que todos os recursos públicos disponíveis sejam destinados sobretudo para a manutenção de obras públicas, que são essenciais para a sociedade e para a manutenção da atividade de empresas e empregos”.

Eis a íntegra do que falou Flávio Dino no vídeo

“Olá, pessoal! Vivemos uma semana; um período muito difícil para o Brasil, em face de uma crise sanitária, derivada do avanço do coronavírus e também de fatores econômicos, sobretudo a recessão, com consequente desemprego e também esse descontrole cambial e também a crise nas bolsas de valores.
Com uma tendência, portanto, de nós termos, talvez, uma paralisação da economia em escala global, e também no Brasil. Nós não podemos, nesse momento, incorrer em dois extremismos possíveis, ou seja, de um lado nenhuma autoridade pública pode ser inerte, omissa, irresponsável. De outro lado, claro, temos que ter tranquilidade, serenidade e firmeza, e não podemos ter pânico. Por isso mesmo, temos procurado atuar na condição de governadores de vários estados, reunidos nos nossos fóruns, e no caso do Maranhão também, em algumas direções fundamentais.
Em primeiro lugar sobre a questão sanitária: estamos agindo em articulação com o Ministério da Saúde, seguindo as orientações da “iemanadas” e aguardamos, inclusive, que haja liberação de recursos imediatos (já demandamos isto) para que haja a ampliação e a melhor preparação das redes estaduais de saúde, sobretudo no que se refere a leitos de UTI. Uma vez que nós sabemos que, caso essa pandemia evolua em nosso país, teremos uma sobrecarga sobre este segmento da nossa saúde pública.
Ao mesmo tempo, estamos preparando a nossa rede própria, com os meios que nós temos disponíveis, destinando leitos, definindo protolocos para que, quando houver e se houver a confirmação de casos no Maranhão, nós tenhamos uma atitude imediata, o mais eficiente possível para conter o avanço do coronavírus.
Na questão econômica, temos formulado sugestões ao Governo Federal, chamado atenção, sobretudo, para a emergência do quadro econômico. Não é possível ficar apenas com esse discurso vazio de reformas de longo prazo. É preciso ação, aqui e agora.
Temos insistido quanto à necessidade, por exemplo, de compreender que não é o momento de se manter regras, a exemplo do teto de gastos para a saúde pública e para investimentos.
Nós precisamos, neste momento, afastar esse obstáculo para que, num quadro excepcional, nós tenhamos medidas emergenciais de ativação da economia, investimentos públicos e proteção do sistema de saúde. Esperamos que o Governo Federal reflita, chame os governadores, os prefeitos, a sociedade civil brasileira para uma atuação imediata. E não fique com o discurso nem de minimização do problema, nem também um discurso desfocado, em torno apenas de reformas de longo prazo.
No caso do Maranhão, estamos concentrando recursos nas obras públicas. Nós estamos adotando medidas fiscais emergenciais, que já estão sendo comunicadas, para que nós possamos nesse momento fazer com que todos os recursos públicos estaduais disponíveis sejam destinados para, sobretudo, a manutenção de obras públicas, que são essenciais para a sociedade e também para a manutenção da atividade de empresas. E a manutenção, consequentemente, de empregos. De modo que nós precisamos estar unidos, com muita fé em Deus e no Brasil, com muita confiança sempre, mas com uma ação prática (concreta) como nós temos procurado fazer.
Quando houver novos diagnósticos acerca da questão do coronavírus e também a evolução do quadro econômico, eu voltarei a conversar com todos vocês”.