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Não fosse o extremismo do arremate (“Liberdade de expressão só para os FASCISTAS da esquerda”), a carta do leitor publicada pelo conceituado médico dermatologista de Brasília, Roberto Doglia Azambuja, na edição do dia 28.11 do jornal Correio Braziliense, estaria perfeita.

“A gente tem que seguir o exemplo do povo do Chile e atacar” (Lula). “Não há redenção sem sangue” (Benedita da Silva). “Tem que fechar o STF” (Wadih Damous). “Vamos fazer uma guerra civil” (CUT). “Vamos incendiar o país” (MST). “Vamos tomar o poder, o que é diferente de ganhar eleição” (José Dirceu). “Estamos torcendo para que o Brasil vire um Chile” (Juliano Medeiros, presidente do PSol). “A hora do Brasil vai chegar” (Humberto Costa). “O povo quer violência revolucionária, o povo quer luta, está sedento de passar a faca em todos os seus inimigos” (representante da Liga dos Camponeses Pobres na Uerj). “Quem tentar conciliar este país vai ser atravessado com um trator nas costas” (Vladimir Safatle). “Com a direita e o conservadorismo, nenhum diálogo, Luta”! (Mauro Iasi). “Isso implica ir para as ruas entrincheirados, de arma na mão (Wagner Freitas)”.

Nenhuma dessas ameaças de intolerância política ditatorial mereceu comentários da imprensa. Entretanto, a menção ao AI-5, por Paulo Guedes, desencadeou editoriais de condenação como ameaça à democracia.

Na verdade, a imprensa está exercendo uma forma de censura: proibido mencionar AI-5, quem o fizer deverá ser execrado e enxovalhado, como na Revolução Cultural (1966 – 1976), de Mao Zedong. Liberdade de expressão só para os fascistas da esquerda”.

(Roberto Doglia Azambuja – Médico dermatologista, Asa Sul, Brasília)