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​O presidente Jair Bolsonaro (PSL) terá que fazer uma nova cirurgia em consequência da facada que sofreu durante a campanha eleitoral, em setembro do ano passado. A necessidade da intervenção foi confirmada em avaliação médica neste domingo (1°).

Ele terá que retirar uma hérnia surgida no abdômen em função das três operações anteriores a que foi submetido, algo que já era previsto pelos médicos que o atenderam.

A operação foi marcada para o próximo domingo (8). Bolsonaro indicou em uma rede social que deve ficar cerca de dez dias afastado do Planalto para passar pelo procedimento e se recuperar. ​

O médico Antonio Luiz Macedo, membro da equipe que tratou o presidente no hospital Albert Einstein após o atentado, fez a avaliação no paciente no aeroporto de Congonhas, logo após Bolsonaro desembarcar na capital paulista, por volta das 8h.

Em nota, a Presidência da República disse que o presidente “será submetido a cirurgia de correção de hérnia incisional, que surgiu em decorrência das intervenções cirúrgicas previamente realizadas”.

Neste domingo, Macedo afirmou à Folha que já era considerado o risco de Bolsonaro ter hérnia na região atingida pela facada e depois submetida a três cirurgias.

​”Foi hérnia incisional, nas três laparotomias que ele fez anteriormente”, explicou o médico, citando o termo técnico usado para se referir às incisões (cortes) feitas na barriga do presidente.

O problema é considerado normal em um quadro clínico como o dele, que passou por um trauma de grande dimensão e sucessivas operações na área.

O surgimento de hérnias era esperado porque a parede abdominal do presidente ficou fragilizada após tantos cortes e procedimentos cirúrgicos.

Como o tecido fica menos resistente, pode acontecer que parte de algum órgão abdominal rompa a parede muscular, criando um volume sob a pele. A operação de hérnia é considerada de médio porte, sem grandes riscos.

Em postagem nas redes sociais, Bolsonaro escreveu: “Pelo que tudo indica curtirei uns 10 dias de férias com eles brevemente”. Ele publicou uma foto ao lado de Macedo e do médico Leandro Santini Echenique, que também fez a avaliação.

Folha de São Paulo