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Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, deve prestar depoimento nesta segunda-feira (8) à Polícia Federal em Brasília. Ele é investigado no âmbito de um inquérito que apura suspeitas de que parte da Polícia Rodoviária Federal (PRF) teria dificultado o acesso às urnas por eleitores de regiões onde o então candidato da oposição, Luiz Inácio Lula da Silva, havia vencido o primeiro turno nas eleições de 2022. Torres é suspeito de ter agido para que a corporação altera seu planejamento operacional e intensificasse a fiscalização em rodovias do Nordeste.

O ex-ministro está preso desde janeiro deste ano, quando ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, sob suspeita de facilitação ou omissão de agentes públicos na invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e prédio do STF em 8 de janeiro. Torres nega todas as acusações e afirma que não foi conivente com a invasão dos prédios públicos e que estava de férias nos Estados Unidos no dia do ocorrido. Ele também nega ter ordenado ou sugerido que a PRF agisse para constranger a movimentação de eleitores.

O depoimento de Torres foi adiado por conta de seu estado de saúde, que tem se deteriorado desde que foi preso. Sua defesa pediu a libertação do ex-ministro e anexou um laudo de uma psiquiatra favorável à prisão domiciliar, citando seus pensamentos suicidas recorrentes. O ministro Alexandre de Moraes pediu uma avaliação para a possibilidade de transferência de Torres para um hospital penitenciário e determinou que o depoimento fosse prestado nesta segunda-feira (8), com a permanência de Torres no Batalhão de Aviação Operacional após o interrogatório.

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