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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (20) o projeto de lei que encerra as polêmicas “saidinhas” de presos em feriados. O texto, agora, segue para sanção presidencial.

O relator da proposta, deputado Guilherme Derrite (PL-SP), temporariamente licenciado do cargo de Secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, destacou que a sociedade expressa uma forte oposição ao benefício das saídas temporárias de detentos, enfatizando preocupações com a segurança pública.

O projeto, que teve sua redação modificada durante a aprovação no Senado em fevereiro, manteve uma exceção para detentos de baixa periculosidade que participam de cursos estudantis ou profissionalizantes. Essa alteração foi mantida pela Câmara na votação de hoje.

A liderança do governo na Câmara optou por não influenciar na votação, permitindo que a base governista decidisse individualmente. O deputado José Guimarães (PT-CE), líder na Casa, afirmou que o assunto é prerrogativa do Legislativo, deixando claro que o Palácio do Planalto não emitirá posicionamento sobre o tema.

A votação foi unânime e simbólica, sem registro de votos no painel, evidenciando um consenso entre os parlamentares. Mesmo partidos de esquerda, como o PT, não opuseram resistência à votação, considerando que as emendas do Senado melhoraram o projeto.

A discussão sobre restrições às saídas temporárias ganhou destaque em 2013, mas ganhou força após o trágico assassinato do policial militar Roger Dias por um detento beneficiado pela “saidinha” em Belo Horizonte, em janeiro. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), relator do projeto no Senado, sugeriu que a lei a ser criada pelo projeto fosse nomeada “Sargento PM Dias” em homenagem à vítima.

Apesar da aprovação no Congresso, o projeto enfrenta críticas de entidades como o Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) e o Grupo de Trabalho Interinstitucional de Defesa da Cidadania, que consideram a medida inconstitucional e prejudicial ao processo de ressocialização dos detentos.

One thought on “Câmara dos Deputados aprova fim de ‘saidinhas’ de presos em feriados

  1. Somente quando um apenado se beneficiar desse dispositivo (saidinha) e assaltar, estuprar, assassinar algum membro ou parente desses senhores de “bem” de entidades acima referenciados ( faltou Direitos Humanos), serão a favor da extinção das saidinhas.

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