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O Maranhão destacou-se entre os estados brasileiros ao apresentar um dos maiores crescimentos nas despesas e receitas correntes até o 3º bimestre de 2024, segundo o Relatório Resumido de Execução Orçamentária em Foco (Rreo) publicado pelo Tesouro Nacional na quarta-feira, 16.

Em comparação ao mesmo período de 2023, o estado registrou um aumento de 22% em suas despesas correntes, ficando atrás apenas do Distrito Federal, que apresentou uma elevação de 24%.

No que diz respeito à receita corrente, o Maranhão liderou o crescimento, com um expressivo aumento de 36% no período analisado, seguido pela Bahia, que registrou 24%.

O relatório também apontou que todos os estados brasileiros tiveram elevação em suas receitas correntes no período, sendo as menores variações observadas no Rio Grande do Sul (4%), Rio de Janeiro (5%) e Mato Grosso do Sul (6%).

Gastos com pessoal e investimentos

No Maranhão, assim como nos demais estados, as despesas de pessoal continuam a ser a principal componente das despesas correntes.

No entanto, o relatório não detalha a proporção desses gastos no estado. Em outros estados, como Rio Grande do Norte (68%), Rio Grande do Sul (66%) e Rio de Janeiro (61%), os gastos com pessoal foram os mais expressivos em relação à receita total.

Por outro lado, os estados com menores percentuais de despesas com pessoal foram Espírito Santo (41%), Piauí (42%) e Pernambuco (44%).

O Maranhão também obteve destaque positivo ao reduzir sua Dívida Consolidada (DC) em 10% até o 3º bimestre de 2024, em comparação com o valor registrado em 31 de dezembro de 2023.

Este desempenho o colocou entre os estados com maior redução do indicador, junto a Mato Grosso, que reduziu sua dívida em 6%.

Outro ponto de destaque foi o comportamento das despesas de investimentos, embora o relatório não tenha especificado o percentual do Maranhão.

Estados como Espírito Santo (14%), Mato Grosso do Sul (10%), Piauí (10%) e Pará (10%) foram os que mais investiram, enquanto o Rio Grande do Sul apresentou o menor percentual de investimentos, aplicando apenas 1% da receita total.

Em relação aos Restos a Pagar (RAP) – despesas antigas que ficaram pendentes de pagamento –, os estados que liquidaram os maiores percentuais até o 3º bimestre de 2024 foram Mato Grosso do Sul (83%), Pernambuco (80%) e Pará (79%). Por outro lado, o Amapá (16%) e o Acre (34%) apresentaram os menores percentuais de quitação de RAP.

O relatório Rreo em Foco – Estados e DF é publicado bimestralmente e traz um panorama da execução orçamentária das 27 unidades da federação, com base nos dados do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi).

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