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Para que as unidades de pesquisas maranhenses possam aproveitar ao máximo as oportunidades do setor de óleo e gás, tendo como foco a Margem Equatorial, é fundamental que estejam credenciadas junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esse credenciamento permite que os laboratórios participem de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação-PD&I financiados, o que contribui para o desenvolvimento de novas tecnologias e a geração de emprego e renda no Maranhão. A Fapema, em parceria com a Gasmar, está comprometida em ajudar o Maranhão a alcançar seu potencial neste setor. Um workshop realizado nesta segunda-feira (10), foi um passo importante nesse sentido. O evento reuniu pesquisadores de todas as áreas do conhecimento e representantes de empresas do setor para discutir as oportunidades e os desafios do Maranhão se tornar referência em pesquisas nessa área.

Por conseguinte, a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), em parceria com a Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), trouxe para São Luís representantes da ANP e da Petrobras, para tratar sobre o credenciamento, desafios e oportunidades aos pesquisadores maranhenses. A expectativa é que, este ano, os investimentos em PD&I por empresas do setor, seja superior a R$ 4 bilhões. Existe uma obrigação legal para esses investimentos. No Brasil, há cerca de 15 empresas, incluindo a Petrobras. No Maranhão, três unidades de pesquisas estão credenciadas para captação destes recursos. O evento promovido pela Fapema teve entre seus objetivos, ampliar esse número.

O assessor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Superintendência de Tecnologia e Meio Ambiente da ANP, Anderson Lima, apresentou as potencialidades para o segmento de desenvolvimento e pesquisa nacional, destacando o programa de formação de recursos humanos da agência, que possui diversos projetos alinhados com o desenvolvimento da Margem Equatorial. “Esta foi a ocasião para estimularmos o credenciamento de instituições maranhenses, pois, futuramente, com esta nova fronteira exploratória, haverá necessidade de organismos do Maranhão para essa atividade. Neste sentido, entendo que o Governo foi estratégico em trazer a ANP, a Petrobras e reunir os agentes petrolíferos para debater estas possibilidades”, explicou.

“É um evento de extrema importância, pois diz respeito à Margem Equatorial maranhense e é necessário que as instituições de pesquisa do nosso estado se apropriem e estejam habilitadas para o momento em que as empresas olhem para esta área e pensem em fazer investimentos. Elas precisam ter opções para estes investimentos e buscar junto aos fornecedores de bens e equipamentos da região. A partir daí, garantir a formulação de um plano que facilite o desenvolvimento e inserção das empresas paulistas no mercado, com o objetivo de viabilizar novas formas de estímulo à atividade industrial e de pesquisa no estado”, explica o diretor científico da Fapema, Cristiano Capovilla.

O presidente da Gasmar, Allan Kardec Duailibe Barros Filho, parabenizou “a Fapema pela organização do workshop, atendendo uma orientação do governador Carlos Brandão, em reunir estes agentes no Maranhão, considerando que o grande debate do país no setor é a Margem Equatorial e, sendo assim, é uma oportunidade para uma discussão importante para o estado”.

Margem Equatorial

A Margem Equatorial brasileira é uma região geográfica que se estende da foz do rio Oiapoque ao litoral norte do Rio Grande do Norte, abrangendo as bacias hidrográficas da foz do rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Bacia Potiguar. O workshop colocou em debate questões sobre adequação a critérios para credenciamento, captação de recursos, elaboração de projetos e investimentos em pesquisa e inovação na área de petróleo e gás da Margem Equatorial. Durante o evento, também foram apresentadas ações para desenvolvimento da cadeia de fornecedores para os trabalhos de exploração petrolífera, demandas atuais, barreiras para avanços e cenários futuros nesta região.

Umas das palestrantes do evento, Ludmilla Valente, da ANP, ressaltou “o momento propício para informar sobre o credenciamento de laboratórios para estimular projetos e garantir maior atratividade ao estado em possível exploração na Margem Equatorial brasileira”. Em sua palestra, ela tratou sobre os desafios dessa exploração, licenciamentos e ações para impulsionar a atividade.

Para a diretora de pós-graduação da Pró-Reitoria da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização (Ageufma), da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Flávia Nascimento, o evento é uma importante oportunidade de preparação aos pesquisadores para buscarem recursos a serem investidos na pesquisa e inovação.

A comunidade científica é responsável por este tema, desenvolvendo iniciativas e vislumbrando possibilidades em seus cronogramas de trabalho, além de considerar as potencialidades do estado no setor, avaliou a diretora de pesquisa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Ifma), Georgiana Marques.

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