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O Governo Federal decidiu adiar o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) devido às fortes chuvas no Rio Grande do Sul, o que deixou os candidatos com incertezas sobre os próximos passos do processo seletivo.

Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, explicou que o aumento do número de cidades afetadas e dos bloqueios nas estradas, não só no Rio Grande do Sul, mas também em Santa Catarina, levou à decisão de adiamento, já que as atuais condições tornam impossível realizar as provas no estado.

A nova data do concurso ainda não foi anunciada devido à questão logística e à magnitude do desastre que atingiu a região. Esther Dweck ressaltou que a decisão de adiamento foi a mais segura para todos os dois milhões de candidatos inscritos em todo o Brasil, garantindo igualdade de condições a todos.

Inicialmente, cogitou-se adiar as provas apenas no Rio Grande do Sul, porém, a falta de questões suficientes para elaborar outras provas com o mesmo nível de dificuldade poderia gerar questionamentos judiciais sobre a isonomia do concurso.

Em vez disso, foi assinado um acordo extrajudicial entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, a Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul, a Advocacia-Geral da União e a Defensoria Pública da União, comprometendo-se a não adotar medidas contra o adiamento das provas.

– Qual é a nova data do CNU?

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, informou que a nova data de aplicação das provas do concurso ainda não foi definida.

Segundo ela, a futura data depende da melhora da situação no Rio Grande do Sul, que enfrenta fortes chuvas, e toda a logística envolvida no certame, como reserva de locais de aplicação.

Quando for definida, a nova data de aplicação das provas será publicada no Diário Oficial da União (DOU) pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

– A prova será a mesma que deveria ser aplicada no dia 5 de maio? Uma nova prova será formulada?

A ministra Esther Dweck informou que, em princípio, a prova será a mesma. Segundo ela, 65% das provas já tinham sido distribuídas para as cidades, com escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Força Nacional de Segurança e forças estaduais de segurança dos estados.

No caso do Rio Grande do Sul, as provas não tinham nem saído de Porto Alegre ainda, para distribuição pelas demais nove cidades onde as provas seriam aplicadas, algumas das quais estão entre as mais afetadas pelas chuvas, como Caxias do Sul e Santa Maria. Em todo o estado, há quase 170 pontos de bloqueio e, segundo a ministra, cerca 96% das viagens de ônibus, a partir ou com chegada na Rodoviária de Porto Alegre, foram canceladas.

Segundo a ministra, com o adiamento, as provas deverão ser realocadas em locais seguros e certificados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), os mesmos usados para a guarda das provas do Enem. A operacionalização dessa logística também terá impacto na definição da nova data do concurso.

– Os locais de provas irão mudar?

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que poderá haver alteração de locais de provas, dependendo da cidade e das condições logísticas que ainda serão estudadas pela organização do concurso.

– Haverá ressarcimento aos candidatos (transporte, hospedagem e alimentação) por causa do adiamento?

Não está previsto nenhum tipo de ressarcimento com transporte, hospedagem ou alimentação dos candidatos inscritos.

Segundo a ministra Esther Dweck, mais de 94% dos candidatos inscritos estão, no máximo, a cerca de 100 quilômetros (km) de distância do local da prova e ainda não tinham realizado o deslocamento para o concurso.

– Haverá reembolso de inscrição?

O reembolso do valor da inscrição, no caso de quem não puder realizar a prova na nova data, não foi oficializado, mas a ministra Esther Dweck disse que a pasta dará orientações sobre isso ao longo das próximas semanas.

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