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O deputado federal em exercício, Luciano Galego (PL-MA), desmentiu, nesta sexta-feira, 1º, que tenha patrocinado a distribuição de ‘fake news’ nas redes da internet sobre exploração infantil no arquipélago de Marajó (PA). Galego foi citado pelo portal UOL como investidor no impulsionamento das notícias, alavancando, assim, as fakes.

Valdemar, Luciano Galego e Jair Bolsonaro

“Foi trazido ao nosso conhecimento que uma matéria publicada pela UOL continha informações incorretas sobre o impulsionamento de conteúdo relacionado à Ilha de Marajó, no estado do Pará. Gostaríamos de esclarecer que, contrariamente ao que foi reportado, o único conteúdo impulsionado pelas redes sociais do deputado foi uma postagem referente à sua assinatura na ‘CPI do Marajó’, afirmou o parlamentar por meio de nota de sua assessoria.

A denúncia de “fake” foi afiançada pelo Agência Pública, especializada em investigações sobre direitos humanos, abuso de poder e transparência.

O empresário de Imperatriz assumiu o mandato com o licenciamento da deputada federal Detinha (PL), reforçando a bancada bolsonarista maranhense. Ele recebeu 20.643 votos nas eleições de 2022, parte destes concentrados na cidade onde Bolsonaro venceu Lula no segundo turno das eleições presidenciais.

Em 27 de fevereiro, o suplente do PL maranhense solicitou ao ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e da Cidadania, informações sobre as denúncias. As publicações sobre o assunto viralizaram nas redes no mês de fevereiro.

Diante da repercussão, a Advocacia Geral da União passou a investigar as denúncias.

Para impulsionar os conteúdos apontados como “fake news”, os deputados citados como responsáveis pela viralização teriam feito desembolsos que somados ultrapassam R$ 100 mil. No mês de fevereiro, Galego fez gastos de R$ 37.562, 21 da quota parlamentar. Nos dois primeiros meses de 2024, os gastos do suplente em exercício somam R$ 75.612,24.

As denúncias sobre Marajó ganharam força com a exposição feita pela cantora Aymeê Rocha em um reality show gospel, em 15 de fevereiro. Na semana seguinte da apresentação, o termo “Ilha do Marajó” esteve entres os mais pesquisados no google Brasil.

Luciano Galego esteve ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro no ato “em defesa da democracia”, na avenida Paulista, em 25 de fevereiro. Ele é signatário do pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva motivado pelas declarações feitas pelo petista durante visita à Etiópia, em fevereiro.

Galego está entre os defensores da instalação de uma CPI para investigar a “exploração infantil no Marajó”.

No entendimento do parlamentar, “a CPI é um passo crucial para desvendar e combater os crimes que assolam a região. Juntos, governos federal, estadual e municipal devem unir forças para não apenas implementar programas de combate, mas também promover o desenvolvimento socioeconômico sustentável, atacando as raízes da exploração: a pobreza e a falta de oportunidades”.

O deputado ressaltou na nota da assessoria que todo o conteúdo postado e divulgado em suas redes sociais está baseado em informações de conhecimento nacional recentemente destacadas em matéria especial da TV Record pelo renomado repórter Roberto Cabrini.

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