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A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) alerta que mulheres em tratamento de câncer de mama, especialmente aquelas submetidas à quimioterapia ou radioterapia, enfrentam maior risco de desenvolver dengue grave. O mastologista André Mattar, destaca que a imunidade reduzida nesses pacientes os torna mais vulneráveis às formas mais severas da doença.

 

Atualmente, o Brasil já registrou mais de 1,6 milhão de casos de dengue, com mais de 400 óbitos confirmados. Diante dessa epidemia, o risco de infecção por dengue é motivo de preocupação, especialmente para pacientes em tratamento oncológico, cujos sistemas imunológicos estão comprometidos.

A quimioterapia e a radioterapia, comuns no tratamento do câncer de mama, impactam negativamente a imunidade, aumentando a gravidade dos casos de dengue. André ressalta que, em situações assim, pode ser necessário interromper temporariamente o tratamento do câncer para focar na recuperação da saúde da paciente.

O tratamento para dengue nessas pacientes segue as mesmas diretrizes dos demais casos, com medicamentos para aliviar os sintomas, hidratação adequada e repouso. No entanto, a atenção deve ser redobrada devido ao risco aumentado de complicações, especialmente hepáticas.

A prevenção da dengue é essencial e inclui a eliminação de focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti e o uso de repelentes, especialmente durante o final da tarde, quando a atividade do mosquito é mais intensa. É importante observar que a vacina contra a dengue é contraindicada para pacientes imunossuprimidos, como aqueles em tratamento para câncer de mama, devido ao seu conteúdo de vírus vivo atenuado. O recomendado é aguardar seis meses após o término do tratamento para receber a vacina.

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