-->

Em solenidade realizada no auditório da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), no Calhau, o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), encerrou, na manhã desta quarta-feira (31), a Campanha Janeiro Roxo – voltada para as ações estratégicas de enfrentamento da hanseníase.


Na ocasião, a secretária-adjunta de Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Deborah Campos, fez um balanço das ações.

“As nossas equipes buscaram apresentar aos municípios novas estratégias para a identificação precoce da hanseníase, como o Questionário de Suspeição da Hanseníase, QSH. Também trouxemos novo material de reforço, a exemplo da cartilha, que traz alimentos e plantas medicinais que podem auxiliar no tratamento da doença. Então, é muito importante, nesse momento, a gente chamar atenção para uma Atenção Primária ordenadora do cuidado, que procure identificar precocemente os casos de hanseníase. É de suma importância para que a gente venha eliminar essa doença do território”, declarou a secretária-adjunta.

O evento contou com palestras sobre Epidemiologia da Hanseníase no Maranhão e sobre Avanços e Desafios Após 150 anos do Bacilo da Hanseníase, ambas ministradas pela médica dermatologista convidada, Rita Vidigal. Por último, foi realizada uma apresentação das atividades desenvolvidas pela campanha em 2024.

A programação contou ainda com palestra e aplicação do QSH no Complexo Penitenciário de Pedrinhas; ação de saúde com oferta de serviços e busca ativa de casos no Quilombo Urbano da Liberdade, em São Luís; Webinar com as Unidades Regionais de Saúde, entre outras atividades.

A superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Dalila Santos, comentou as ações. “O Governo do Maranhão está com o compromisso de que a doença seja tratada em todo o estado. Para isso, fizemos uma campanha voltada para a detecção de casos – que em função da pandemia ficou represada – para que a gente possa conhecer a realidade da doença no Maranhão”, afirmou.

Registros

O Maranhão registrou 2.349 casos em 2022, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Desses, 187 registros são de menores de 15 anos. Entre os 10 municípios com maior índice de ocorrências novas, entre 2022 e 2023, estão: São Luís, Imperatriz, Codó, Caxias, São José de Ribamar, Timon e Açailândia.

A doença

A hanseníase é uma neuropatia sensitiva – motora e autônoma. É considerada uma mononeuropatia múltipla assimétrica e focal, que pode apresentar formigamentos, dores nos nervos e, principalmente, perda de cílios e sobrancelha, entre outros aspectos.

Mesmo sendo uma doença crônica infecciosa e transmissível, a hanseníase é curável com tratamento completo e gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS). Se detectada precocemente, a pessoa acometida pode sair sem sequelas incapacitantes, podendo assim levar uma vida normal, saudável e sem risco de transmissão. Para isso, basta buscar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do seu município para diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos.

Caso haja necessidade de reavaliação de conduta terapêutica e/ou casos graves, os pacientes podem ser referenciados para o Hospital Dr. Genésio Rêgo e Hospital Aquiles Lisboa, que possuem ambulatório especializado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *