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Mais de 1,7 mil servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) assinaram uma carta destinada à presidência do órgão, informando que suspenderão todas as atividades de fiscalização ambiental. A medida, iniciada na última segunda-feira (1º), tem como motivação o impasse nas negociações sobre reajuste salarial e reestruturação da carreira.

Os servidores argumentam que a decisão é uma resposta à “falta de ação e suporte efetivo aos servidores e às missões críticas que desempenham”. O Ministério da Gestão e Inovação ainda não respondeu à proposta de restruturação da carreira de especialista em meio ambiente, gerando insatisfação entre os funcionários.

A carta destaca que as atividades finais do Ibama, incluindo fiscalização na Amazônia e em terras indígenas, vistorias de licenciamento ambiental e prevenção a incêndios florestais, podem ser prejudicadas. Os servidores preveem “impactos significativos na preservação do meio ambiente” devido à falta de investimento na carreira nos últimos dez anos.

O Ibama, por meio de nota, afirma que, até o momento, não houve registro de paralisação nas atividades de fiscalização, apesar das assinaturas na carta. Os servidores, por sua vez, pedem a retomada das negociações com a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional).

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos destaca que está aberto ao diálogo com os servidores do Ibama e outros órgãos, enfatizando a reinstalação da Mesa Permanente de Negociação e os reajustes concedidos. A pasta reitera o compromisso com a recomposição da força de trabalho na Administração Pública Federal, buscando atender demandas dentro dos limites orçamentários.

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