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Mais de 10 milhões de brasileiros já foram beneficiados pelo Desenrola Brasil do governo federal, renegociando mais de R$ 29 bilhões em dívidas desde o lançamento do programa em julho deste ano.

O Desenrola cobre dívidas negativadas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.

O Censo Nacional do Programa, divulgado pelo Ministério da Fazenda e Bolsa de Valores do Brasil (B3), indicou que na fase 2, iniciada em outubro, os descontos chegaram a 98,6% do valor das dívidas.

No entanto, o conselheiro suplente do Corecon-BA, Edval Landulfo, alerta para a armadilha das tentações de gastos no fim do ano, destacando o risco de endividamento para as pessoas que conseguiram quitar suas dívidas.

O censo revelou que o ticket médio das renegociações foi de R$ 248 para pagamentos à vista e R$ 791 para parcelamentos, com uma média de juros de 1,8% ao mês.

O governo planeja enviar uma medida provisória ao Congresso Nacional na próxima semana para prorrogar o Desenrola Brasil, que originalmente terminaria em 31 de dezembro, até os três primeiros meses de 2024.

Em outubro, o país tinha cerca de 72 milhões de pessoas inadimplentes, segundo a Serasa, um aumento de 130 mil em relação ao mês anterior.

As faixas etárias mais afetadas são de 41 a 60 anos (34,9%), seguidas por 26 a 40 anos (34,5%) e acima de 60 anos (18,4%).

O consultor financeiro Edísio Freire destaca as consequências emocionais, familiares e as dificuldades de crédito decorrentes da inadimplência, enfatizando a restrição ao acesso a linhas de crédito necessárias no dia a dia.

Ele aconselha que, após quitar as dívidas, é crucial refletir sobre o período de endividamento e adotar estratégias para evitar novas dívidas, como o uso de planilhas, concentrar compras em um único cartão e criar uma reserva de emergência.

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