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Exposições de produtos e pesquisas inovadoras, além do lançamento de obras na área da produção agrícola, foram destaque no estande da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), neste sábado (9), marcando o encerramento da Feira Maranhense da Agricultura Familiar (Femaf). O estande se tornou ponto de referência para o público, apresentando iniciativas que podem impulsionar esse segmento, e foram concretizadas com apoio da fundação. Durante os três dias de evento, foram comercializados uma ampla variedade de produtos vindos de várias regiões do Maranhão. A feira serviu de vitrine para a produção do estado, que incluiu itens da cultura, tecnologia, artesanato e gastronomia.

O presidente da FAPEMA, Nordman Wall, ressaltou a importância da participação da Fundação na Femaf, destacando que “é um reforço do compromisso do Governo do Estado com a promoção do conhecimento científico e tecnológico como instrumento de transformação na vida dos agricultores familiares e fundamental para integrar a pesquisa às necessidades práticas dessas comunidades, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico e garantindo a sustentabilidade da produção no Maranhão”, destacou.

Entre as inovações apresentadas, a FAPEMA levou ao público uma série de pesquisas com foco específico na agricultura familiar, destacando o potencial transformador da ciência e da pesquisa aplicada para o desenvolvimento sustentável no Maranhão. Neste conjunto, está o empresário Marcos Former, que expôs no estande da fundação sua criação: a marca de pães Lievito. O produto é de fermentação natural, fabricado artesanalmente e sem nenhum tipo de conservantes. A empresa produz pão brioche, integral, italiano, entre outros, e é distribuído em hamburguerias e lanchonetes. O produto dura cinco dias na geladeira e fechado, cerca de 15 dias. O Governo do Estado apoia a iniciativa, por meio da Fundação, com visando a geração de emprego e renda.

“Em São Luís não existe empreendimento nesta linha, fornecendo este produto para outros negócios. Somos pioneiros neste segmento. Temos um pão que priorizamos a qualidade da matéria prima e queremos fazer com que as pessoas integrem, em sua cultura alimentar, este pão sem conservante e artesanal. É um produto leve e de sabor agradável”, explica Marcos Former. Ele destacou que “o apoio da FAPEMA foi essencial para o avanço da empresa e execução de projetos para impulsionar este produto em 2024”, afirmou.

A pesquisadora Jade Gomes Ramos, outra expositora, levou ao estande produtos biocosméticos feitos com vinagreira roxa. Entre os itens, está hidratante, sabonete em barra, sabonete líquido e xampu. A proposta é ofertar ao consumidor produtos que não agridam a pele e cabelos, e sejam sustentáveis ambientalmente. Para produção, a matéria-prima é extraída da vinagreira roxa e beneficiada para ser utilizada como insumo. A pesquisadora destaca que o apoio da FAPEMA “foi fundamental para executarmos os processos necessários à produção e podermos pensar em criar outros produtos neste segmento, pensando sempre na qualidade, na saúde e bem-estar do consumidor”.

Já a pesquisadora Camila Pinheiro focou em um alimento muito típico maranhense: a farinha. No estande, ela mostrou pesquisa que focou na avaliação da qualidade de farinhas de três regiões do estado, tendo como parâmetro, critérios do Ministério da Saúde. “Avaliamos que o produtor da farinha pode conseguir agregar valor ao seu produto, tendo cuidados básicos de higiene na produção e na venda. Como essa farinha chega ao consumidor final, faz muita diferença”, destacou. O trabalho também recebeu apoio da Fapema e entrará em nova fase, com a interação entre pesquisadores para orientar produtores sobre essa mudança de atitude na comercialização.

O estande também foi palco para o lançamento de obras que refletem o compromisso da fundação com o avanço do conhecimento e sua aplicação prática na realidade dos agricultores familiares. Foi lançado o livro ‘Entre a agricultura e a ecologia, uma interface por onde transita a emancipação dos agricultores do trópico úmido’, do pesquisador Emanoel Gomes de Moura. A obra trata sobre a agricultura no trópico úmido e desafios enfrentados como preservação da paisagem e biodiversidade, contribuição para diminuir o CO2 na atmosfera, redução da insegurança alimentar e da pobreza, e resgate da dignidade das famílias agricultoras. O livro aborda também, tecnologias que possam ajudar os agricultores a superar entraves ambientais.

Integração com a produção agrícola

A Femaf, em sua primeira edição, consolidou-se como um evento crucial para impulsionar a melhoria socioeconômica dos agricultores familiares no estado. A interação entre os produtores, pesquisadores e demais participantes possibilitou a troca de experiências e a identificação de soluções inovadoras para desafios enfrentados no campo.

A diversidade de expositores e a variedade de produtos apresentados na feira evidenciam a riqueza da produção agrícola familiar no Maranhão, ao mesmo tempo em que ressaltam a necessidade contínua de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para aprimorar práticas, aumentar a produtividade e promover a sustentabilidade ambiental.

“A Femaf encerra sua primeira edição dando início a uma trajetória promissora para a agricultura familiar no Maranhão, respaldada pelo comprometimento da FAPEMA e de outras instituições em contribuir para um setor mais robusto, resiliente e sustentável”, avalia o presidente da FAPEMA, Nordman Wall.

Fapema se destaca na Feira Maranhense da Agricultura Familiar

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