Empresas como Google e American Express estão permitindo que funcionários trabalhem em seus locais de viagem
Ela dará sequência à semana de trabalho com 15 dias de férias. Seus primos vindos de Singapura também farão trabalho remoto, e ela pretende passar o café da manhã, o almoço e as noites com a família. “Sempre recebo comentários da minha avó de que trabalho demais, mesmo sendo apenas das 8h às 18h”, disse ela. “Mas eles entendem. E são muito gratos. O fato de podermos voltar, mesmo que por algumas semanas, é melhor que nada.”
Os “workcations” (fusão das palavras “trabalho” e “férias”, em inglês) de verão –essencialmente trabalhar de um lugar associado a férias– são um item relativamente novo no menu expandido de opções de trabalho pós-Covid. A tendência é tão nova que os dados ainda são escassos. Mas uma série de depoimentos de funcionários e políticas corporativas mostram que a demanda é forte.
Em uma pesquisa recente da YouGov, 53% dos americanos que podem trabalhar remotamente disseram estar interessados em trabalhar dessa forma nos próximos 12 meses, com maior interesse entre os jovens de 18 a 34 anos. (Tanto americanos quanto britânicos apontaram a Itália como seu destino preferido.)
Muitas empresas atenderam aos desejos dos funcionários oferecendo as chamadas semanas de “trabalho em qualquer lugar”. O executivo-chefe da Alphabet e do Google, Sundar Pichai, escreveu à equipe em 2021: “Os ‘googlers’ poderão trabalhar temporariamente em um local diferente de seu escritório principal durante até quatro semanas por ano (com a aprovação do gerente)”. O objetivo era “dar a todos maior flexibilidade nas viagens de verão e férias”, disse ele. (Com Folha de S. Paulo).