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Ministro do STF afirmou em evento que parlamentar cassado deveria fundar uma igreja

O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) após a decisão da mesa diretora da Câmara que confirmou a sua cassação, determinada pelo TSE – Pedro Ladeira – 6.jun.23/Folhapress

O deputado cassado Deltan Dallagnol(Podemos-PR) rebateu nesse domingo, 16, fala do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes desse sábado, 15, dizendo que o parlamentar, removido da Câmara dos Deputados por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), já pode fundar uma igreja.

Deltan publicou a resposta nas redes sociais, disse que o magistrado ofende os cristãos, as instituições religiosas e todos os brasileiros “que apoiam o combate à corrupção”, e classificou a fala de Gilmar como um ato de intolerância religiosa.

“É triste ver um ministro do Supremo chegar a um nível tão baixo a ponto de atacar a fé das pessoas, em um ato de intolerância religiosa tão desprezível. Talvez, por não viver o amor de Deus, ele não consiga entender o que é uma demonstração de amor, fé e compaixão dos milhares de brasileiros que foram solidários naquela ocasião. E respondendo sua tosca provocação: eu prefiro fundar uma igreja do que fundar um clube de proteção aos mais corruptos e criminosos do Brasil”, tuitou o ex-coordenador da Operação Lava Jato.

Gilmar ironizou a “chuva de Pix” que Deltan afirma ter recebido após deixar a Câmara em evento do grupo Prerrogativas para homenagem ao ex-ministro da corte Sepúlveda Pertence, morto no início do mês, aos 85 anos.

O jurista também fez críticas à Lava Jato, encerrada em 2021, e afirmou ser necessário repensar o modelo atual de atuação do Ministério Público e na Justiça brasileira. “Vamos organizar uma fuga para frente, vamos salvar o Judiciário desse grande escândalo”, reiterou.

“O Ministério Público continua sendo uma instituição extremamente importante. O combate à corrupção no Brasil é fundamental. Agora, não acreditem que são o quarto Poder, porque não são. Não queiram ter papel de auxiliar do sistema político-partidário, porque não é esse o seu papel”. (Folha).

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