Utilizando ao menos um caminhão, a Prefeitura Municipal de São Luís está, neste momento, retirando farto material escolar ‘jogado’ em um galpão alugado pelo executivo municipal, no bairro do Outeiro da Cruz. São mochilas, fardamentos e outros equipamentos com brasão da prefeitura em situação de abandono no galpão.
A ação urgente da prefeitura está sendo realizada depois de um vídeo que começou a circular nas redes sociais e de uma denúncia do deputado Neto Evangelista, nesta quarta-feira, 31, no plenário da Assembleia Legislativa do estado.
O parlamentar exibiu o vídeo no plenário, mostrando várias unidades de mochilas, fardamento escolar, tênis e meias, tudo com o brasão da prefeitura que se encontram em situação de completo abandono no galpão alugado pelo executivo municipal.
“Quantas crianças ainda estão sem fardamento? Eu vi alguns pais da região do Itaqui-Bacanga reivindicarem que seus filhos não tinham fardamento escolar. Vi crianças de escolas públicas municipais jogando vôlei nos JELS, descalças. É desumano. O pior é a prefeitura ter as mochilas, as fardas, as meias, os tênis, e não entregar aos alunos. O material, que aparenta ser novo, abandonado em um galpão que já foi devolvido pela prefeitura, parecendo lixo… Isso é jogar o dinheiro da população de São Luís no lixo”, denunciou Evangelista.
Em seu discurso, o parlamentar destacou, ainda, outras denúncias feitas por ele contra a gestão do prefeito Eduardo Braide na área da Educação.
“O prefeito de São Luís tem mostrado que só funciona sob pressão. Vai deixando que as coisas aconteçam e só trabalha quando a gente denuncia. Já trouxemos a pauta dos pais que ficaram acorrentados na porta da Prefeitura de São Luís porque não foram recebidos pelo prefeito, para que eles pudessem falar sobre as demandas dos seus filhos autistas. Denunciamos o problema da Escola Felipe Conduru, que passou mais de mês sem ter aula porque a escola estava quase caindo sobre eles. Fizemos uma denúncia grave onde os pais receberam comunicado para que não enviassem os filhos para a escola, porque lá não tinha água para beber. Se o prefeito Eduardo Braide só funciona sobre pressão e com denúncias, traremos sempre”, concluiu o deputado.