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O deputado estadual Carlos Lula se manifestou em suas redes sociais sobre a morte de uma criança indígena, de dez meses, que teve atendimento negado no Hospital da Criança, em São Luís, nessa segunda-feira, 17.
“10 meses apenas. Dez meses. O hospital se negou a receber o bebê. A criança faleceu”, postou o parlamentar.
Carlos Lula atribuiu a responsabilidade ao prefeito Eduardo Braide, ao afirmar que “isso é sinal do descaso” com que o chefe do executivo municipal trataria a saúde pública na capital.

Morreu ao chegar na UPA – O bebê indígena morreu ao chegar na UPA do Aracagi. Ele havia sido encaminhado do município de Zé Doca, a 313 km de São Luís, com um quadro de pneumonia e anemia grave.

Conforme foi publicado, a criança indígena, de 10 meses, teve atendimento negado no Hospital da Criança Dr. Odorico Amaral de Mattos, em São Luís. A família, em último recurso, levou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Araçagi, na Região Metropolitana da capital, onde o bebê já chegou sem vida.

Assim que chegou em São Luís, procedente de Zé Doca, a família do bebê procurou por atendimento nas UPAs do Vinhais e Vila Luizão, e, por último, na unidade do Araçagi, depois de ter o atendimento negado no Hospital da Criança, sob alegação de falta de leito.
A criança era da etnia Ka´apor, território de povos tradicionais na região de Nova Olinda do Maranhão.

A TV Mirante exibiu imagens feitas no Hospital da Criança, no bairro Alemanha, com corredores cheios e muita gente a espera de atendimento, gerando inúmeras  reclamações.
Segundo pais ouvidos pela reportagem, filas são registradas diariamente naquela unidade de saúde. Alguns pais disseram que precisam procurar outros hospitais para que seus filhos sejam atendidos.
“As mães chegam aqui de manhã, às vezes vão conseguir atendimento duas horas, três horas da tarde. Não tem leito para as crianças. As crianças estão aqui largadas nos corredores. A desculpa é a que o hospital está em reforma. Se está em reforma, por que que não alugam um prédio e colocam esse hospital para funcionar em um outro lugar? Tá’ um caos. É um Socorrão infantil”, afirmou a técnica em enfermagem Sivania da Silva.

Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) não se manifestou sobre as denúncias no Hospital da Criança. Já a Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que a rede conta com 71 leitos pediátricos de terapia intensiva e que o paciente foi atendido na UPA do Araçagi, onde morreu, informou o G1-MA.

Semus se manifesta – A Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) emitiu nota, esta noite, a respeito da morte do bebê indígena:

SEMUS-NOTA

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informa que o Hospital da Criança atende aproximadamente 6 mil crianças, tanto de São Luís quanto de outros municípios do Estado. A reforma da unidade, com previsão de entrega no segundo semestre de 2023, garantirá a ampliação dos serviços.

Sobre o caso da criança indígena, a Semus também informa que vai abrir uma sindicância para apurar o fato.

 

2 thoughts on “Morte de criança indígena é sinal de descaso de Braide com a saúde pública de São Luís, diz Carlos Lula

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