-->

Localizado no interior do Maranhão, complexo também está recebendo investimentos de cerca de R$ 1 bi em unidade para liquefazer gás natural

A Eneva, empresa integrada de energia que atua da exploração e produção (E&P) de gás natural até o fornecimento de soluções customizadas, está transformando o Complexo do Parnaíba, na região do Médio Mearim, interior do Maranhão, no maior parque termelétrico do país. Com a previsão da entrada em operação da usina Parnaíba VI já no ano que vem, com 92 MW, o complexo chegará a 1,9 GW de capacidade instalada e supera todos os demais empreendimentosbrasileiros de geração térmica.

Essas e outras informações estratégicas da companhia foram apresentadas ao mercado no Eneva Day 2023, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (08/03). Realizado anualmente, o encontro da companhia com investidores foi o primeiro tendo à frente o CEO Lino Cançado, que assumiu o cargo em 01/01/23.

Além de ser fundamental para a marca mencionada acima, Parnaíba VI se destaca por ser um projeto de eficiência energética e de geração de energia mais limpa, sem emissões adicionais de gases do efeito estufa. Para gerar eletricidade, a nova usina não irá consumir nenhuma molécula de gás natural adicional: ela vai utilizar o calor dos gases de exaustão das turbinas de Parnaíba III para gerar vapor em suas caldeiras; esse vapor moverá a turbina de 92 MW de Parnaíba VI. Com isso, o Complexo Parnaíba atingirá o máximo de sua eficiência energética, fechando todos os ciclos possíveis de suas atuais turbinas a gás natural.

Durante a obra, serão criados 900 empregos diretos e indiretos, com o investimento de R$ 651 milhões, que, a partir de 2025, vão gerar uma receita fixa anual de R$ 105 milhões, por 25 anos. O início da operação comercial está previsto para novembro de 2024.

Outro destaque da companhia no Maranhão até o próximo ano é a planta de Liquefação Paranaíba, focada no atendimento ao consumo industrial no Nordeste do país.Apenas para a realização desse projeto, a companhia está investindo cerca de R$ 1 bilhão. A unidade deve começar a produzir comercialmente em maio do ano que vem e deve gerar uma receita fixa anual de R$ 430 milhões. A projeção é de que, durante a obra, sejam gerados 850 empregos diretos e indiretos.

Até agora, a mineradora Vale e a fabricante de papel e celulose Suzano contrataram o serviço da nova usina de liquefação de gás natural, que está em implantação e terá uma capacidade ociosa, visando à ampliação futura do negócio. A perspectiva é de que novos clientes também se beneficiem do negócio e utilizem o volume remanescente de gás na forma liquefeita (GNL). Dessa forma, a Enevase mostra novamente pioneira, dessa vez na contribuição para uma economia de baixo carbono, substituindo combustíveis fósseis pelo gás natural e, assim, ajudando seus clientes nas suas jornadas de descarbonização.

“A história da Eneva passa, em grande parte, pelo Maranhão. O que estamos fazendo nesse momento é também projetar nosso futuro no Estado, seja por meio da ampliação das nossas reservas de gás natural e da geração elétrica do Complexo Parnaíba, seja por pensar em novos negócios, como a liquefação do nosso gás natural para atender a clientes locais e viabilizar o gás veicular. E tudo isso com mais eficiência energética e contribuindo para reduzir a emissão de gases poluentes”, afirma o CEO da Eneva, Lino Cançado.

Mais recursos e reservas – A Eneva ainda tem no radar a expansão das suas reservas e produção de gás no Estado e, para isso, tem ampliado o número de poços perfurados. Na Bacia do Parnaíba, serão perfurados 14 poços exploratórios e de desenvolvimento das concessões, a fim de assegurar gás natural para a geração de energia termelétrica. Com as campanhas dos últimos anos, a empresa já ampliou as reservas provadas e prováveis da região em 76%, de 18,8 bilhões de m³ para 33,1 bilhões de m³, de 2017 a 2022.

No Maranhão, a empresa produz cerca de 9 milhões de m³ de gás natural por dia e possui mais de 140 poços perfurados. No Estado, a empresa desenvolveu também o projeto pioneiro Reservoir-to-Wire (R2W), em que a atividade de extração de gás em campos terrestres é associada à geração de energia. O combustível é utilizado como insumo na produção de eletricidade, em usinas instaladas próximas aos campos. A empresa já replica o sucesso desse modelo de negócio em outros ativos próprios em outras localidades, como no Amazonas.

No setor elétrico, em 2023, a prioridade da Eneva é oferecer dois de seus empreendimentos termelétricos maranhenses – Parnaíba I e Parnaíba III – nos leilões promovidos pelo Governo Federal. Para isso, a certificação de novas reservas realizada no início desse ano foi fundamental.

ESG – Em sua agenda ESG, a Eneva atua sob três pilares – redução das emissões, progresso social e conservação da Amazônia. Em todo Brasil, a empresa vai beneficiar, até 2030, 50 mil pessoas diretamente e 100 mil indiretamente por meio de projetos sociais com foco em geração de renda e educação. Boa parte desses beneficiados é do Maranhão, onde a empresa tem seus projetos e parcerias socioambientais mais maduros e com resultados mais robustos.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram que, no município de Santo Antônio do Lopes (MA), onde a Eneva opera o Complexo Parnaíba, a renda média mensal evoluiu de 1,1 salário-mínimo para 4 salários-mínimos, de 2010 a 2019. Já o pessoal ocupado assalariado passou de 584 para 1.269, no período. No mesmo intervalo de tempo, o PIB local cresceu 12 vezes.

Outro exemplo bem-sucedido é observado na cidade de Poço de Lumiar (MA), onde é desenvolvido o Projeto do Polo Agrícola Hortcanaã, que atende 95 famílias. No município, o analfabetismo foi erradicado em 2020 e a renda média da população cresceu 233% em cinco anos. O Hortcanaã promove a sustentabilidade financeira do reassentamento da Vila Nova Canaã, com foco na autonomia da comunidade.

Já no eixo educacional está o projeto voluntário com maior alcance e impacto da companhia. Em parceria com a ONG Laboratório da Educação (LabEdu), a Enevadesenvolveu o Projeto Aprender: dentro e fora da escola. O seu piloto ocorreu nos cinco municípios produtores de gás natural no Maranhão, com o propósito de potencializar o aprendizado de crianças de 0 a 6 anos, por meio de uma abordagem de ensino em que a criança passa a ter mais protagonismo na escola. Seu sucesso junto às comunidades envolvidas foi tão grande que fortaleceu as iniciativas estaduais e deu origem a uma Política Pública do Estado do Maranhão de apoio à Educação na Primeira Infância.