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A Comissão de Ética da Presidência da República começa a analisar, nesta terça-feira, 28, em reunião do colegiado, denúncias que envolvem o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do partido União Brasil, reveladas pelo jornal O Estado de São Paulo.

Hoje, Juscelino voltou a ser alvo de denúncias pelo Estadão, que abriu manchete de capa revelando que a Câmara dos Deputados emprega o piloto e gerente do Haras do ministro do governo Lula. Contratados quando Juscelino ainda era ministro, segundo o Estadão, ambos foram mantidos no gabinete do suplente dele.

O gerente do haras de Juscelino em Vitorino Freire, Klennyo Ribeiro, foi contratado em 2016 e segue empregado, com salário de quase R$ 8 mil. É homem de confiança da família do ministro. Em 2008, foi candidato a vice-prefeito de Vitorino Freire na chapa encabeçada pela mãe de Juscelino.

Leumas Rendder Campos Figueiredo, o piloto, foi contratado por Juscelino em novembro de 2018, após prestar serviço para ele na campanha daquele ano. O piloto está contratado como secretário parlamentar da Câmara.

Ambos foram mantidos nos cargos por Benjamim de Oliveira (União Brasil-MA), suplente e aliado do ministro. O político que substituiu Juscelino na Câmara ainda contratou Pedro Pereira Bringel Filho, tio de Juscelino. Ele entrou na vaga da mulher, a advogada Mara Bringel. Entre 2021 e 2022, Juscelino empregou no gabinete a própria tia. Dos 28 nomeados no gabinete de Benjamim, 16 trabalhavam com Juscelino, revelou o jornal paulista.
Juscelino defende nomeações – Em nota, o ministro Juscelino Filho defendeu as nomeações, que, segundo ele, foram feitas “em conformidade com as regras da Câmara”.

“Prestam suas atividades com zelo, profissionalismo e regularidade, no apoio à atividade parlamentar, em Brasília e no Estado, seja presencialmente, seja em modelo híbrido ou remoto na pandemia”, disse ele.

Comissão avalia conduta de ministro – Nesta terça, 28, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República começa a analisar a conduta de Juscelino envolvendo as denúncias de mau uso de dinheiro público.

A comissão de ética vai analisar, especificamente, as denúncias de que, sob alegação de compromissos urgentes,  o ministro das Comunicações solicitou voos da Força Aérea Brasileira (FAB) e diárias para se deslocar até São Paulo e participar de leilões de cavalos de raça, entre 26 e 31 de janeiro. “Cobrado a se explicar por Lula, após a reportagem, o ministro devolveu parte da verba recebida e disse ter havido erro do sistema. Pressionado pelo União Brasil, partido de Juscelino, o presidente o manteve no cargo”, publicou o Estado de S. Paulo.

 

 

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