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A Justiça Federal condenou, em Minas, um homem acusado de obrigar crianças e adolescentes a se despirem e praticarem atos libidinosos diante do computador, sob ameaça de divulgar as imagens gravadas na internet ou enviá-las para seus pais.

Inicialmente, segundo o Ministério Público, com um perfil falso no Facebook, ele se passava por uma adolescente para ganhar a confiança das meninas. Depois, começava a fazer chantagens. Ele chegou a divulgar na rede cenas das que se recusavam a ceder.

“Fiquei convencido de que o réu se trata de um verdadeiro predador sexual e não de um mero colecionador/ expectador de pornografia infantojuvenil”, escreveu o juiz na sentença.

Disse que, apesar de não ter contato físico com as vítimas, ameaçava e induzia as crianças a praticarem atos sexuais umas com as outras, que ficavam “visivelmente constrangidas, aflitas e mesmo apavoradas”. Os crimes ocorreram por cerca de um ano, entre 2012 e 2013.

Ele, que já tem outras duas condenações por crimes sexuais, foi condenado a uma nova pena de 18 anos e 9 meses de prisão no regime fechado.

Foi enquadrado nos crimes de estupro virtual de menor e de publicação na rede mundial de computadores de material envolvendo abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Apesar da gravidade dos crimes, ele poderá recorrer em liberdade.

(O Antagonista)